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Operações de midiatização: das máscaras da convergência às críticas ao tecnodeterminismo

por Verizon, Comcast e Time Warner Cable, na semiperiferia la-

tino-americana, por Telmex e Telefónica.

Este formato de autenticaçãomulticanal se define como

uma forma de garantir as assinaturas aos serviços pregressos,

uma tentativa para a administração do excesso que retoma os

moldes anteriormente oferecidos pela televisão a cabo (LOTZ,

2007; WOLFF, 2015). Tentava garantir uma possibilidade para

dimensionar o futuro a partir de uma apropriação direta do pas-

sado. Deste modo, revela-se uma opção ainda no âmbito da repe-

tição de serviços de infraestrutura e de produtores de conteúdo

característicos à televisão segmentada. Contém diversos limites,

em pontos impossíveis de se integrar com a formalização poste-

riormente adotada. Implica uma experiência intermediária, uma

tentativa provisória, uma trégua antes do giro posterior.

A dimensão institucional a partir da qual recaem as

possibilidades futuras para o

streaming

depende de um ambien-

te no qual a propriedade das infraestruturas para a difusão de

cabo e de internet recai sobre os mesmos bolsos. Caso os pro-

prietários das estruturas para a difusão de dados via internet em

alta velocidade não tivessem se tornado os mesmos donos dos

sistemas de televisão convencional, ao longo de diversas aquisi-

ções de serviços de internet por atividades de cabo ou de teleco-

municações, as condições para esta transposição se mostrariam

certamente distintas. A propriedade destas redes de tráfego ga-

rante certa ausência de atrito com o futuro. A propriedade com a

apropriação dos aplicativos operando em

tablets

e

smartphones

(AULETTA, 2010; VOGELSTEIN, 2013). Inicialmente, estes me-

canismos não escapam às tentativas de resistência previamente

instituídas pelo multicanal. Em um primeiro momento, envol-

vem-se com a tentativa de aliar novos instrumentos ao processo,

embora sem se desatrelar da autenticação. Porém, a despeito da

tentativa de continuidade, introduzem um ponto anteriormen-

te ausente: a dimensão disruptiva presente no uso do

software

(CHUN, 2011; MANOVICH, 2001), associando radicalmente o au-

diovisual a tecnologias de informação. A adesão entre a imagem

em movimento e as tecnologias de informação se mostra como

outra dimensão a partir da qual se institucionaliza o

streaming

.

A partir de então, os canais de difusão passam a dispor da chan-

ce de se referir não somente a emissoras. Dependerão de aplica-