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O mesmo elemento é salientado também na Lei Municipal sobre limpeza urbana

(10.534/2012), em seu art.

36: “

As metas de redução, reutilização e reciclagem, as formas e

os limites da participação do poder público municipal, e os procedimentos operacionais do

sistema de coleta seletiva e logística reversa serão descritos no

Plano Municipal de

Resíduos Sólidos

(BELO HORIZONTE, 2012).

Segundo Campos (1996), uma diretriz é uma meta acompanhada de medidas

prioritárias e suficientes para atingi-la e

cada meta é composta por três partes integradas

(objetivo, valor e prazo)

. Como existem diretrizes na PNRS referentes a todas as etapas da

gestão, cada uma delas precisa ter suas metas específicas. O PMGIRS-BH terá um prazo

determinado para a sua revisão periódica, sendo assim, as metas podem ser aumentadas

progressivamente, estabelecendo, sendo uma direção orientada para os resultados que se

deseja atingir, promovendo continuamente maiores percentuais de reaproveitamento e

reciclagem.

Várias cidades pelo mundo tê

m adotado o programa “Resíduos Zero”, estabelecendo

metas qualitativas e quantitativas para desviar os seus resíduos sólidos do aterramento e da

incineração, o que tem contribuído para aumentar as taxas de reciclagem. Além disso, a partir

de anos recentesos resíduos orgânicos estão sendo considerados como aqueles que mais

rapidamente podem acelerar o atendimento dessas metas. Só na União Europeia são 308 os

municípios que adotaram metas de Resíduos Zero (EUROPEAN COMMUNITY, 2014).

Algumas cidades norte-americanas, como San Francisco e Seattle na costa oeste, já

têm há anos legislações para banir dos aterros sanitários os resíduos sólidos alimentares, tanto

domésticos, quanto comerciais. Em 2013, a taxa de recuperação dos resíduos orgânicos dos

EUA foi de 20% e, desse total, 90% através da compostagem (STANLEY, 2015).

- Investir em prevenção e redução

A prevenção de qualquer tipo de resíduo deve incluir estratégias para fomentar a

compra sustentável, o uso responsável dos produtos, especialmente para prolongar a sua vida,

e para evitar que os resíduos entrem no circuito de coleta (organicstreams, 2014).

Todas as cidades que têm obtido sucesso nas suas metas de gestão de resíduos

orgânicos utilizam massivamente programas e ações específicas de educação ambiental,

focando especificamente o consumo consciente e redução da geração desses resíduos. Usam

diferentes mídias para atingir a população e as informações são direcionadas a diferentes

públicos, ou setores de geração de resíduos orgânicos (EUROPEAN COMMUNITY, 2014).

- Separação diferenciada e coleta seletiva dos resíduos orgânicos

Em geral, a coleta seletiva é a etapa mais cara da gestão de resíduos sólidos; portanto,

a prevenção e redução são importantes não só do ponto de vista da sensibilização quanto ao

desperdício, mas também econômico para a cidade (CALRECYCLE, s/d).

A coleta seletiva é fortemente recomendada para a coleta de resíduos orgânicos, em

especial porque prova ser eficaz em três áreas específicas: torna a coleta mais efetiva e

eficiente; minimiza as impurezas presentes nos resíduos orgânicos e reduz a percentagem de

resíduos orgânicos presentes nos outros resíduos a serem reciclados, adiando a frequência de

coleta dos demais resíduos, diminuindo custos. Desta maneira, pode-se dizer que a pedra

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