Redes digitais: um mundo para os amadores. Novas relações entre mediadores, mediações e midiatizações
ficas, parecem partilhar de um imaginário comum que deposita
confiança na figura do “dissidente digital”, que agiria em prol de
causas sociais justas. Esta figura do imaginário teria condições
de minar o poder perverso da dominação política e econômica
porque operaria por dentro do regime da tecnologia informáti-
ca, imprescindível para o funcionamento das instituições atuais.
É interessante notar que os
hackers
são um grupo de
atores que participaram da “utopia de ruptura” que deu origem
à própria internet. Neste caso, importam menos os ataques, na
forma de barricadas digitais, às materialidades dos símbolos do
poder do que a produção simbólica dos sentidos sobre estes ata-
ques, que, em última instância, nutre-se do imaginário tecnocul-
tural e, ao mesmo tempo, o (re)constrói.
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