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Redes digitais: um mundo para os amadores.

Novas relações entre mediadores,

mediações e midiatizações

Imagem 2 – Tela de criação de conta no Twitter

Como podemos verificar, não é necessário nenhum co-

nhecimento avançado em informática, comunicação ou Internet

para que possamos todos, da forma mais democrática e horizon-

tal possível, fazer parte da rede mundial de computadores via

redes sociais. Mas, afinal de contas, que implicações tais técnicas

trazem às construções do “eu digital”, daquilo que imaginamos

ser o nosso

myself

audiovisual? Que tipo de “eu digital” emerge

na relação entre as interações humanas e maquínicas? É este de-

bate que tentaremos estabelecer nas próximas seções.

Não fazemos aqui, por razões metodológicas e de foco

de abordagem, uma longa digressão sobre o que seria o “eu di-

gital” em um sentido antropológico profundo. O que nos inte-

ressa, para a análise que nos propomos, é considerarmos o “eu

digital” (espécie de identidade própria) como o ente que emerge

da construção de si por parte dos amadores nas redes sociais

Facebook e Twitter, a partir das possibilidades técnicas existen-

tes. Evidentemente, uma análise das postagens de cada um dos

usuários poderia revelar certos comportamentos coletivos, mas

isto seria tarefa para um estudo de caso específico, de acordo

com o interesse de cada pesquisador. Nossa discussão, no entan-