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Os resíduos de equipamentos eletroeletrônicos (REEE), também são denominados

resíduos elétricos e eletrônicos, resíduos tecnológicos, e-resíduos ou, no popular, lixo

eletrônico. Esses nomes são dados aos resíduos provenientes da rápida obsolescência de

equipamentos eletrônicos, que incluem computadores, celulares, baterias diversas, pilhas,

lâmpadas fluorescentes, rádios, televisores, eletrodomésticos entre outros dispositivos. O

manuseio e o descarte incorreto desses resíduos constituem um sério risco para o meio

ambiente, pois além de possuírem materiais que podem ser reciclados e recuperados, possuem

também em sua composição metais pesados altamente tóxicos, como mercúrio, cádmio,

berílio e chumbo. Em contato com o solo esses metais contaminam as águas subterrâneas e, se

queimados, poluem o ar, além de prejudicar a saúde dos seres vivos (NATUME e

SANT´ANNA, 2011).

Os EEE modernos podem conter até 60 tipos de materiais diferentes, sendo alguns

valiosos, outros perigosos e alguns que são tanto valiosos quanto contaminantes. Quanto a

seus resíduos, é classificado como um lixo volumoso que ocupa grande espaço físico e

caracterizam-se pela rápida obsolescência ocorrida na sociedade contemporânea. Em média,

um computador apresenta uma duração de 5,5 anos e um telefone celular tem vida útil de 18

meses (COSTA, 2013; LIMA, SILVA e LIMA, 2008; PNUMA, 2009).

Quanto à composição dos materiais comumente presentes nos REEE, são compostos

formados basicamente por materiais poliméricos e metálicos. Apresentam em sua constituição

metais pesados e outros componentes, como os retardantes de chama bromados, que ao serem

descartados no solo, em aterros ou lixões, podem causar graves danos ao meio ambiente e à

saúde humana. Quanto aos metais pesados, presentes principalmente nas PCIs (de

computadores, celulares e afins), tais como mercúrio, chumbo, cádmio e arsênico, são

altamente tóxicos. Quando esses metais são depositados em aterros não controlados há a

possibilidade de ocorrer a lixiviação desses metais para o solo e para as águas subterrâneas e

superficiais (GERBASE e OLIVEIRA, 2012).

2.2.1

Reciclagem de resíduos de equipamentos eletroeletrônicos

Uma das alternativas encontradas para a redução dos riscos apresentados ao meio

ambiente e a saúde do homem é a reciclagem dos componentes eletrônicos. Devido à

crescente fabricação de novas tecnologias, que envolvem processos de custo muito elevado, é

possível desenvolver uma maneira menos agressiva de obtenção de matérias primas e

contribuir para a preservação de recursos naturais. Além destas contribuições, a indústria de

reciclagem de resíduos de equipamentos elétricos e eletrônicos (REEE) apresenta bons

resultados pela perspectiva socioeconômica, pois a maioria dos componentes associados pode

ser reaproveitada. Ressalta-se que, em decorrência das contínuas modificações tecnológicas

dos equipamentos elétricos e eletrônicos (EEE), os REEE constituem um mix heterogêneo de

materiais.

Na reciclagem, os materiais de interesse devem estar separados de outros

contaminantes. Geralmente, esta separação envolve processos semiautomáticos, que

combinam etapas manuais e posterior etapa de processamento mecânico. Estas etapas são

consideradas fases de pré-tratamento e são de grande relevância para as etapas subsequentes.

Nas fases iniciais do processo, os componentes destinados à reciclagem são direcionados para

tratamentos específicos, responsáveis pela recuperação e extração de substâncias alvo.

Qualquer classificação de uma substância alvo para o tratamento inadequado pode resultar na

perda da mesma ao final da etapa de recuperação (LEAL, 2011; VEIT, 2005).

A recuperação ou a reciclagem de sucatas ou resíduos eletrônicos é muito mais

simples do que extrair a matéria prima da natureza. O consumo energético é menor e gera-se

menos poluição do que as atividades primárias. Além disso, as matérias primas obtidas a

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