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durante a compostagem devido a evaporação de água não ter compensado a produção de água

resultante do processo de mineralização da matéria orgânica e a diminuição da matéria seca.

Nesta pesquisa, as observações realizadas em campo sugeriram que no decorrer do

processo, o vapor de água perdido no processo tendeu a migrar para a superfície junto com o

ar quente, onde formou-se uma área de condensação entre a pilha e a sua cobertura

confeccionada com resíduos de poda secos que, aparentemente, funcionou como uma barreira

diminuindo a perda de água para o ambiente. O fenômeno proporcionou o umedecimento da

camada de topo, logo abaixo da cobertura, e a distribuição da água no material da pilha.

Nas semanas subsequentes adicionou-se água uma vez por semana, sempre após o uso

do soprador (nos dias 27, 34, 41, 48, 55, 62 e 69 após montagem), de forma a manter a

umidade ideal a fase do processo. Nas duas últimas semanas não houve adição de água nas

pilhas, de forma a proporcionar a estabilização do material e a umidade natural do processo e

assim facilitar o beneficiamento e armazenamento do composto.

Aos 90 dias a umidade ficou abaixo dos 40% para todas as pilhas, sendo que as pilhas

trituradas mostraram-se com uma umidade ligeiramente menor que as pilhas não trituradas. A

Figura 3 ilustra a variação da umidade nas pilhas montadas com resíduos não triturados e a

Figura 4 elucida essa variação nas pilhas montadas com trituração prévia dos resíduos.

Figura 3: Variação da umidade em função do

tempo para pilhas não trituradas

Figura 4: Variação da umidade em função do

tempo para pilhas trituradas

Para o parâmetro pH, a variação foi semelhante para todas as pilhas. No início do

processo (T0) o pH médio para as pilhas não trituradas foi de 7,1 e de 7,4 para as pilhas

trituradas. Em ambos os casos, a variação do pH mostrou tendência a aumentar até o 41° dia

após o início do processo, quando atingiu seu valor médio máximo de 8,5 nas pilhas não

trituradas e de 7,9 nas pilhas trituradas.Nas semanas subsequentes, para as pilhas não

trituradas o pH foi decrescendo discretamente, o qual chegou ao final dos 90 dias com valor

médio de 7,6, enquanto que nas pilhas trituradas manteve-se a partir dali praticamente

estabilizado, chegando na 13° semana com valor de 8,1. Os resultados obtidos sugerem uma

boa biodegradação dos substratos, já que a matéria orgânica estabilizada tende a apresentar

pH levemente básico. A evolução do pH em relação ao tempo das pilhas montadas com

resíduos não triturados é apresentada na Figura 5 e a Figura 6 mostra a evolução desse

parâmetro nas pilhas montadas com trituração prévia dos resíduos.

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