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Quadro 4: Caracterização inicial de resíduos: composição físico-química
PILHA
CARBONO
ORGÂNICO
TOTAL (%)
MÉDIA DP CV
(%)
NITROGÊNIO
TOTAL (%) MÉDIA DP CV
(%)
RELAÇÃO
C:N
MÉDIA DP CV
(%)
P-1
26,7
28,5
2,6
9
1,0
1,0
0,0
0
27:1
28,5
2,6
9
P-2
31,5
1,0
32:1
P-3
27,2
1,0
27:1
P-4
22,7
22,3
1,3
6
0,6
0,6
0,1
9
38:1
35,6
5,0 14
P-5
20,9
0,7
30:1
P-6
23,4
0,6
39:1
PILHA
FÓSFORO
TOTAL (%) MÉDIA
DP CV
(%)
POTÁSSIO
TOTAL (%)
MÉDIA
DP CV
(%)
pH
MÉDIA DP CV
(%)
P-1
0,2
0,3
0,1 43
0,4
0,4
0,1 13
7,0
7,1
0,2
2
P-2
0,2
0,4
7,0
P-3
0,4
0,5
7,3
P-4
0,3
0,3
0,0
0
0,3
0,3
0,1 17
7,5
7,4
0,2
3
P-5
0,3
0,4
7,5
P-6
0,3
0,3
7,1
Legenda: DP: Desvio Padrão, CV: Coeficiênte de Variação
Em relação aos resíduos sólidos domésticos, fatores como local de geração e
sazonalidade influenciam diretamente nas características desse material e, potanto, os
resultados encontrados por diferentes autores apresentam flutuações significativas que, dessa
maneira, inviabilizam comparações. A forte influência da sazonalidade sobre as
características químicas de resíduos sólidos domésticos foi comprovada por Rempel (2014),
avaliando essas características nos resíduos orgânicos coletados pós-esteira da central de
triagem do município de São Leopoldo/RS, mesmo local de onde provém o material-base para
este estudo. Esse autor realisou suas análises em diferentes períodos, que compreenderam
parte do inverno, a primavera e o verão e verificou que o resíduo estudado apresentou
oscilações em suas características.
As relações C:N das misturas encontraram-se muito próximas ao ideal, que é de 30:1,
nas pilhas P-2 e P-5. Em P-4 e P-6 este parâmetro ficou ligeiramente acima do ideal e em P-1
e P-3 levemente abaixo. O pH apresentou-se neutro ou muito próximo da neutralidade em
todas as pilhas, ficando assim no patamar ideal para não inibir a atividade microbiana.
5.3.2
MONITORAMENTO DO PROCESSO DE COMPOSTAGEM (Tprocesso):
A temperatura apresentou evolução semelhante em todas as pilhas avaliadas,
elevando-se gradativamente até atingir 60°C no quarto dia após a montagem das pilhas,
quando foi realizada a primeira insuflação de ar. As pilhas foram aeradas por seis horas e
novamente monitoradas. Como, após esse período, as temperaturas ficaram próximas as
desejadas, em torno de 50°C, convencionou-se como essa a duração aproximada da aeração
padrão neste experimento.
As temperaturas das pilhas já se encontravam superiores a 50°C já no primeiro dia de
monitoramento, característica que leva a crer que a fase termofílica foi iniciada nas primeiras
horas após montagem das pilhas, praticamente não ocorrendo a fase mesofílica inicial,
comumente observada em processos de compostagem. A explicação para este comportamento
está associada ao tipo de substrato utilizado no processo, RSD, que podem já ter sido gerados
a alguns dias, levando em consideração o período de coleta e transporte. Neste caso, o
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