Table of Contents Table of Contents
Previous Page  78 / 188 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 78 / 188 Next Page
Page Background

70

Quadro 4: Caracterização inicial de resíduos: composição físico-química

PILHA

CARBONO

ORGÂNICO

TOTAL (%)

MÉDIA DP CV

(%)

NITROGÊNIO

TOTAL (%) MÉDIA DP CV

(%)

RELAÇÃO

C:N

MÉDIA DP CV

(%)

P-1

26,7

28,5

2,6

9

1,0

1,0

0,0

0

27:1

28,5

2,6

9

P-2

31,5

1,0

32:1

P-3

27,2

1,0

27:1

P-4

22,7

22,3

1,3

6

0,6

0,6

0,1

9

38:1

35,6

5,0 14

P-5

20,9

0,7

30:1

P-6

23,4

0,6

39:1

PILHA

FÓSFORO

TOTAL (%) MÉDIA

DP CV

(%)

POTÁSSIO

TOTAL (%)

MÉDIA

DP CV

(%)

pH

MÉDIA DP CV

(%)

P-1

0,2

0,3

0,1 43

0,4

0,4

0,1 13

7,0

7,1

0,2

2

P-2

0,2

0,4

7,0

P-3

0,4

0,5

7,3

P-4

0,3

0,3

0,0

0

0,3

0,3

0,1 17

7,5

7,4

0,2

3

P-5

0,3

0,4

7,5

P-6

0,3

0,3

7,1

Legenda: DP: Desvio Padrão, CV: Coeficiênte de Variação

Em relação aos resíduos sólidos domésticos, fatores como local de geração e

sazonalidade influenciam diretamente nas características desse material e, potanto, os

resultados encontrados por diferentes autores apresentam flutuações significativas que, dessa

maneira, inviabilizam comparações. A forte influência da sazonalidade sobre as

características químicas de resíduos sólidos domésticos foi comprovada por Rempel (2014),

avaliando essas características nos resíduos orgânicos coletados pós-esteira da central de

triagem do município de São Leopoldo/RS, mesmo local de onde provém o material-base para

este estudo. Esse autor realisou suas análises em diferentes períodos, que compreenderam

parte do inverno, a primavera e o verão e verificou que o resíduo estudado apresentou

oscilações em suas características.

As relações C:N das misturas encontraram-se muito próximas ao ideal, que é de 30:1,

nas pilhas P-2 e P-5. Em P-4 e P-6 este parâmetro ficou ligeiramente acima do ideal e em P-1

e P-3 levemente abaixo. O pH apresentou-se neutro ou muito próximo da neutralidade em

todas as pilhas, ficando assim no patamar ideal para não inibir a atividade microbiana.

5.3.2

MONITORAMENTO DO PROCESSO DE COMPOSTAGEM (Tprocesso):

A temperatura apresentou evolução semelhante em todas as pilhas avaliadas,

elevando-se gradativamente até atingir 60°C no quarto dia após a montagem das pilhas,

quando foi realizada a primeira insuflação de ar. As pilhas foram aeradas por seis horas e

novamente monitoradas. Como, após esse período, as temperaturas ficaram próximas as

desejadas, em torno de 50°C, convencionou-se como essa a duração aproximada da aeração

padrão neste experimento.

As temperaturas das pilhas já se encontravam superiores a 50°C já no primeiro dia de

monitoramento, característica que leva a crer que a fase termofílica foi iniciada nas primeiras

horas após montagem das pilhas, praticamente não ocorrendo a fase mesofílica inicial,

comumente observada em processos de compostagem. A explicação para este comportamento

está associada ao tipo de substrato utilizado no processo, RSD, que podem já ter sido gerados

a alguns dias, levando em consideração o período de coleta e transporte. Neste caso, o

78