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Para fins de definição dos parâmetros de análise e frequência dos monitoramentos,
foram considerados três tempos:
T0
–
logo após montagem das pilhas e antes do inicio do
processo de compostagem;
Tprocesso
–
tempo do processo de compostagem, definido em 90
dias;
Tfinal
–
produto final, pós peneiramento, sendo que, tendo por base a Instrução
Normativa nº 25 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), foi
definido como produto final a parcela igual ou inferior a 4,8 mm.
A temperatura e a umidade foram monitoradas em todos os dias úteis, por meio de um
termohigrometro digital Incoterm, com faixa de uso de -40ºC a 70ºC para temperatura e de
0% a 99% para umidade. Sempre que a temperatura esteve próxima dos 60ºC foi realizada
insuflação de ar no interior da pilha. A umidade foi mantida entre 60% e 70%. O excesso da
umidade foi corrigido mediante insuflação de ar e a sua falta, por meio de irrigação.
Tanto para o monitoramento diário de temperatura e umidade, quanto para as
amostragens para realização dos ensaios laboratoriais, foram definidos cinco pontos de
amostragens, sendo quatro pontos na base da pilha, um em cada face e um ponto no topo.
Esses cinco pontos compuseram uma amostra composta para cada pilha.
Os parâmetros monitorados, a frequência do monitoramento e os métodos de análise
para Tprocesso estão de acordo com os estudos realizados por Blundi e Campos (1999). As
análises físico-químicas realizadas em Tfinal foram as mesmas efetuadas por Büttenbender e
Miller (2005) e os resultados foram comparados com os limites estabelecidos pela Instrução
Normativa n° 25, de 23 de Julho de 2009 do MAPA.
Em Tfinal também foram realizados ensaios microbiológicos. Estas análises tiveram
como objetivo determinar o índice de coliformes termotolerantes e de ovos de helmintos,
portanto, verificam a qualidade do composto gerado sob o ponto de vista das condições
higiênico sanitárias. Para a avaliação do número mais provável (NMP/100mL) de coliformes
termotolerantes foi utilizada a metodologia do substrato cromogênico enzimático, utilizando a
Seladora Colilert IDEXX. Para a determinação de ovos de helmintos foi utilizado o método da
sedimentação desenvolvido por Bailenger (OMS, 1989) e modificado por Ayres & Mara
(1996), conforme referenciado por Soares et al. (2000), Coelho, Carvalho e Araújo (2002) e
Zerbini, Chernicharo e Viana (1999). Os resultados foram comparados aos limites fixados
pela Instrução Normativa n°27 de 05 de junho de 2006 do MAPA.
As análises realizadas, bem como a frequência desses monitoramentos estão descritas
no Quadro 3.
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