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5.2

MATERIAL E MÉTODOS

A ênfase do presente estudo foi a produção de um biocomposto, desenvolvido através

do processo de compostagem, onde utilizou-se a parcela facilmente degradável dos RSD

coletados em São Leopoldo/RS e que foram rejeitados no processo de triagem de inertes. No

município, essa triagem é realizada por uma cooperativa de catadores, que está localizada nas

dependências do aterro sanitário e que separa apenas o material inerte reciclável. Todo

material orgânico é tratado como rejeito.

Ao considerar a disponibilidade, bem como a problemática ambiental de tais resíduos,

foram utilizados resíduos de poda e grama como agente de bulking, ou agente estruturante,

para compor a montagem das pilhas, os quais foram obtidos no local de armazenamento

temporário na Unisinos.

O sistema de compostagem empregado nesta pesquisa foi o processo de Pilhas

Estáticas com Aeração Forçada. Para tanto, foram seguidas as orientações de Fernandes e

Silva (1999), ou seja, a mistura de resíduos sólidos e agente de bulking foi colocada sobre

uma tubulação perfurada, conectada a um soprador. A aeração necessária foi fornecida por

este sistema constituído de canos de PVC de 50 mm de diâmetro, com orifícios de saída de ar

a cada 15 cm aproximadamente. Esta tubulação foi recoberta com uma camada de 20 a 30 cm

de resíduo estruturante seco, para evitar entupimentos. Além disso, as pilhas foram recobertas

por uma camada de aproximadamente cinco centímetros de resíduo estruturante, a fim de

evitar problemas de odor no local.

O pátio é coberto, de forma a não sofrer influência pluviométrica, impermeabilizado e

com inclinação suficiente para a drenagem de possíveis lixiviados, porém, não foi observada a

geração de lixiviado durante o processo.

Para o experimento foram montadas seis pilhas de compostagem, das quais três pilhas

foram montadas utilizando RSD triturados, por um triturador Trapp, modelo TR200, e três

pilhas utilizaram RSD não triturados. O intuito da variação da granulometria dos resíduos foi

comparar o desempenho dos dois sistemas, já que a trituração constitui uma etapa a mais no

processo. As pilhas compostas por resíduos não triturados foram identificadas como P-1, P-2

e P-3 e as com resíduos triturados como P-4, P-5 e P-6.

A proporção de RSD e de resíduo estruturante foi calculada levando em consideração

a massa específica desses resíduos, de forma a compor uma mistura de 70% de RSD e 30% de

resíduo estruturante em volume. As dimensões iniciais das pilhas, bem como a massa, em

base úmida, de resíduos utilizados na montagem estão descritas no Quadro 2.

Quadro 2: Identificação das pilhas de compostagem

Identificação

da pilha

Base (m) Altura

(m)

Volume

(m

3

)

Volume

Média

(m

3

)

Volume

DP

(m

3

)

Volume

CV

(%)

Quantidade de resíduos

RSU

(kg)

Podas

(kg)

Mistura total

na pilha (kg)

P-1

1,95 1,70 0,80

0,88

0,77

0,03

3,3

210,32 19,00

229,32

P-2

1,65 1,80 0,77

0,76

203,92 19,00

222,92

P-3

1,48 1,73 0,75

0,64

185,80 19,00

204,80

P-4

1,27 1,34 0,78

0,44

0,51

0,06

11,7

144,22 14,00

158,22

P-5

1,56 1,50 0,70

0,55

151,89 14,00

165,89

P-6

1,53 1,53 0,70

0,55

149,51 14,00

163,51

Legenda: DP: Desvio Padrão, CV: Coeficiênte de Variação.

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