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COMO AS POSSIBILIDADES TRAZIDAS PELAS NANOTECNOLOGIAS AFETAM A SOCIEDADE E A (DES)NECESSIDADE DE IMEDIATA REGULAÇÃO

IMPACTOS SOCIAIS E JURÍDICOS DAS NANOTECNOLOGIAS

em especial no que se refere às aplicações médicas.

Entretanto, mesmo nestes casos, as pesquisas em se-

gurança, que abordam questões relativas à toxicida-

de e bioacumulação, ainda não mostram resultados

conclusivos, evidenciando que, diante das novidades,

ainda há um espaço a ser percorrido no que se refere

aos riscos. É o que trata a pesquisa da Dra. Barbara

A. Maher, codiretora do Centro de Magnetismo Am-

biental e Paleomagnetismo da Universidade de Lan-

caster/UK. Tal pesquisa aponta que nanopartículas

de magnetita podem estar relacionadas à problemas

degenerativos cerebrais como Alzheimer, sendo tais

nanopartículas encontradas na poluição das grandes

cidades. Segundo Maher:

Identificamos a presença abundante no cé-

rebro humano de nanopartículas de magne-

tita que correspondem precisamente às na-

noesferas de magnetita de alta temperatura,

formadas por combustão e/ou aquecimento

derivado do atrito, que são prolíficas em par-

tículas urbanas, partículas no ar (PM). Porque

muitas das partículas de poluição de mag-

netita pelo ar têm menos de 200 nm de diâ-

metro, elas podem entrar no cérebro direta-

mente através do nervo olfativo e atravessar a

unidade olfativa danificada. Esta descoberta

é importante porque a magnetita em nanoes-

cala pode responder a campos magnéticos

externos e é tóxica para o cérebro, estando

implicada na produção de espécies reativas

de oxigênio (ROS) prejudiciais. Uma vez que

a produção aumentada de ROS está causal-

mente ligada a doenças neurodegenerativas

tais como a doença de Alzheimer, a exposi-

ção a tais nanopartículas de magnetita deri-

vadas de partículas transportadas pelo ar de-

verá ser examinada como um possível perigo

para a saúde humana (2016, p. 2).

A pesquisa, publicada por Maher, comple-

menta e ratifica publicação da IARC – Agência In-