

As nanotecnologias emergem como
o novo paradigma tecnoeconômico que
se instalou em diferentes setores e domínios
tecnológicos. Por outro lado, a ciência não
tem respostas seguras sobre os riscos da ex-
posição humana e ambiental que acompa-
nham os produtos e aplicações com nano-
partículas. A incerteza científica que paira
sobre as nanotecnologias passa a exigir dos
Estados um olhar cuidadoso e precaucional.
É neste sentido que a presente obra contex-
tualiza as iniciativas de regulamentação de
organizações internacionais privadas e rea-
liza reflexões sobre a necessidade de uma
governança global antecipatória, transdis-
ciplinar, fundamentada na gestão de riscos,
no cuidado como elemento estruturante, na
participação ativa dos sistemas jurídico, po-
lítico, econômico e social, na investigação
responsável e no diálogo com os principais
atores para a construção de marcos regula-
tórios para as nanotecnologias.