Operações de midiatização: das máscaras da convergência às críticas ao tecnodeterminismo
consolidadas pelas mídias tradicionais, como revistas impressas
e canais de TV. Através da observação dos perfis da instituição
no Facebook e no Twitter, buscamos traços daquilo que alguns
teóricos vêm chamando de “convergência”. Quais seriam as mar-
cas desta convergência? Ela se configura como um novo tipo de
comunicação?
Partimos da definição de alguns conceitos que esta-
mos utilizando, os quais, na falta de consenso entre os pesqui-
sadores brasileiros, acabam ganhando sentidos diversos e, às
vezes, conflitantes, que dissipam o entendimento. Em uma in-
terlocução com os pensamentos de Miège, materiais empíricos
são mobilizados a fim de ilustrar nossos argumentos de que
há, em parte dos estudos de comunicação, a supervalorização
de uma espécie de comunicação experimental viabilizada por
atores sociais considerados revolucionários, mas que, quando
submetida a uma análise empírica, mostra-se frágil. Apesar do
comportamento destes tecnófilos ser considerado antecipató-
rio, algumas pesquisas sérias demonstram que muitos dos casos
estudados como precursores de um novo tipo de comunicação
configuram-se como exceções e não resistem a generalizações.
Mais adequado seria admitir que ainda não temos métodos para
a “futurologia” e concentrar nossos esforços no que consegui-
mos aprender do que já se configura como observável na comu-
nicação midiatizada: uma complementaridade entre as mídias
já consolidadas e as TIC, que só se assentarão sobre as práticas
sociais na medida em que seu usos se tornarem generalizados e
estáveis ao longo do tempo.
2 As associações em rede
Há, na sociedade contemporânea, um forte discurso
social que aposta nas novas tecnologias de comunicação digital
(computadores,
tablets
,
notebooks
,
smartphones,
etc.) centradas
na troca de informações pela Internet, como determinantes para
a comunicação midiática e até para uma nova sociedade que se
circulação de uma infinidade de conteúdos diariamente e que atua na oferta de
sentidos a milhões de pessoas ao redor do globo. Disponível em: <http://press.
nationalgeographic.com/pressroom/>. Acesso em: 10 abr. 2012.