Operações de midiatização: das máscaras da convergência às críticas ao tecnodeterminismo
O processo de informacionalização não se desen-
rola no contexto permissível e quase libertário que
os promotores de redes dizem sempre ter busca-
do; ele é objeto de um controle social, de uma vigi-
lância regular e mesmo de operações de censura.
[...] Devemos nos perguntar se o controle da infor-
mação circulante a partir dos locais de trabalho,
com fim de proteção e segurança, e de vigilância
dos funcionários, não está tomando uma propor-
ção desmedida emmuitas organizações, o que jus-
tificaria uma real visibilidade social e sem dúvida,
uma regulagem cuidadosa (MIÈGE, 2009b, p. 79).
2. A
midiatização da comunicação
enquanto processo que
implica aquisição de competências comunicacionais por
parte dos usuários, as quais são adquiridas através dos
usos, marcadamente individualizados na sociedade atual.
Tal midiatização responde pela maior presença de tecno-
logia nas relações de comunicação - fala-se dos e-mails,
das notícias na internet, no rádio e no vídeo na web, entre
outras inovações. Tais tecnologias se somam às já existen-
tes, revelando que os modos anteriores da comunicação
midiática não deixam ou deixarão de existir.
3. A
ampliação da esfera midiática
através da pluralidade
de dispositivos através dos quais os meios de comuni-
cação distribuem os seus conteúdos. Em tal processo
destaca-se a concorrência enfrentada por estes meios
diante dos serviços originados a partir das novas TICs.
Ganham importância e complexidade, neste cenário, os
portais de internet e a expectativa dos consumidores
diante dos novos meios face à comunicação, que antes
era quase unidirecional. Há a possibilidade dos usuários
se revelarem através de práticas midiáticas interativas
e menos dirigidas. No entanto, não há nesse processo a
substituição dos meios de comunicação de massa pelos
serviços de acesso individual à informação.
4. A
mercantilização das atividades comunicacionais
tra-
duzida pela possibilidade de instituir um mercado que