Operações de midiatização: das máscaras da convergência às críticas ao tecnodeterminismo
b) A interpenetração das TICs e das mídias tradicionais não
estaria já em curso ou sendo executada?
c) Como projetar e praticar metodologias adequadas a ins-
crições temporais diferenciadas – de um lado, as mudan-
ças sociais e técnicas (inscritas na curta duração) e, de
outro, as mutações dos campos e aparatos, inovações de
ruptura e de produtos (dependentes da longa duração)?
d) Como abordar a autonomia das práticas sociais em sin-
tonia com as TICs, na perspectiva filosófica da individua-
ção ou do ponto de vista da constituição de um novo mo-
delo de ação comunicacional no espaço público?
e) No que a multiplicação das informações disponibiliza-
das e a velocidade de produção das mesmas colocam em
xeque a sua confiabilidade, a legitimidade das fontes e o
funcionamento do espaço público político?
f) Como avaliar as chamadas “inovações ascendentes” na
sua relação com produtos com finalidades coletivas ou
serviços comunitários?
g) As TICs poderão propiciar debates sociais e cidadãos em
diferentes contextos nacionais?
4 O diálogo possível
Neste item, buscamos identificar possíveis intersec-
ções entre as reflexões de Miège e as reflexões desenvolvidas
no programa de pós-graduação, que se concentra nos processos
midiáticos, focando o campo das mídias, os sistemas eletroele-
trônicos de comunicação e as demais esferas implicadas nas in-
terações sociais tecnologicamente mediadas.
As lutas pela visibilidade não são externas à problemá-
tica da midiatização, como afirma Thompson:
Ela não é simplesmente um veículo através do
qual aspectos da vida política e social são dados a