Redes digitais: um mundo para os amadores. Novas relações entre mediadores, mediações e midiatizações
uma divisão por eixo temático, porém ainda sem as nomencla-
turas usuais de grupos de pesquisa. Em 2009, foram criadas
oito Divisões Temáticas, mas, em 2013, elas passam a se chamar
Áreas, mantendo o mesmo número.
Durante 14 anos de congressos da Intercom, entre
todos os Grupos de Pesquisas e Intercom Júnior, foram encon-
trados 51 trabalhos sobre fãs e práticas de fãs. Destes, 11 cor-
respondem ao Intercom Júnior. Os primeiros trabalhos datam
de 2002, no NP Tecnologias da Informação e Comunicação
(TICs), focando-se nas produções de fãs conhecidas como fan-
fictions e fanzines, os quais dizem respeito, respectivamente, a
textos escritos e revistas produzidas por fãs. Em 2003 e 2005,
encontra-se uma pesquisa em cada ano sobre fanzine, ambas
no NP História em Quadrinhos. Ainda em 2005, há um traba-
lho que resgata a perspectiva histórica do termo fã; em 2006,
há um sobre fã-clube; e, em 2007, há um sobre a dinâmica in-
terna de uma comunidade de fãs, um sobre criação, interativi-
dade, autorias de fãs e afins nas indústrias de entretenimento e
um sobre consumo
trash
envolvendo o “lixo cultural” e fãs. Estes
cinco últimos estão no NP Comunicação e Culturas Urbanas. A
partir daí há um aumento nas pesquisas sobre fãs, principal-
mente no contexto da cibercultura. Surge também maior varie-
dade temática, sendo encontrados trabalhos nos GPs Teoria do
Jornalismo; Teorias da Comunicação; Comunicação e Educação;
Comunicação Científica; Televisão e Vídeo; Ficção Seriada;
Rádio e Mídia Sonora; Comunicação, Música e Entretenimento;
e Folkcomunicação; no Intercom Júnior, nos DTs Teorias da
Comunicação e Estudos Interdisciplinares. A distribuição dos
trabalhos por ano pode ser observada no Gráfico 1.