Redes digitais: um mundo para os amadores. Novas relações entre mediadores, mediações e midiatizações
O campo jornalístico, nos exemplos acima representa-
do pelo site G1, oferece via Twitter uma síntese de duas notícias
referentes à mobilização em torno da morte de Mandela e à sua
trajetória. Essas informações são acompanhadas por um hiper-
link interno, recurso que permite ao internauta buscar comple-
mentações à informação no próprio site G1
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dependendo das
suas expectativas em relação a demandas por complementações
àquilo que foi externado em 140 caracteres. Por um processo de
convergência, portanto, o G1 extrai informações do seu website
e as reproduz, sinteticamente, em outra plataforma, amplian-
do as possibilidades de consumo da informação e instigando o
usuário do dispositivo a navegar na órbita de um mesmo circui-
to midiático. Mobilizando intencionalidades completamente disso-
nantes das jornalísticas, outros dois tweets se entrecruzam às
mensagens emitidas pelo G1, ressignificando o caso sob a ótica
do humor e da banalização. Resguardado pelo anonimato de um
perfil fake criado em torno da figura do empresário brasileiro
Eike Batista, um usuário apropria-se da comoção gerada em
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Os prints reportados acima e iniciados pela letra "G" referem-se a materiais
divulgados pelo G1 no Twitter enquanto os prints iniciados pela letra "E" re-
ferem-se a conteúdos extraídos de perfil fake do empresário Eike Batista no
microblog.