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Tabela 1 - Mercado de PCs, tablets e telefones celulares no Brasil (milhões de unidades).
Vendas
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
PCs
6,3
7,8
10,7 11,9 11,5 14,2 15,9 15,5 13,9 10,6
Tablets
-
-
-
-
0,1
1,1
3,1
8,4
9,9
Celulares -
-
-
-
47,5 52,8 67,0 59,5 67,8 69,5
Fonte: ABINEE, 2015.
Segundo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e da Associação Brasileira da
Indústria Elétrica e Eletrônica (ABINEE), existem atualmente no Brasil, 99 milhões de
microcomputadores, representando cerca de um computador para cada dois habitantes. Pelos
resultados da pesquisa da FGV, nos últimos quatro anos dobrou a quantidade de
computadores no país. As estimativas, segundo a projeção de crescimento é de que em 2017
haja um computador por habitante, o que tem potencial para gerar expressivo passivo
ambiental (FGV, 2012). Puckett et al. (2002) estimaram que, entre 1997 e 2007, meio bilhão
de computadores pessoais e empresariais tenham sido descartados, apenas nos EUA. Os
autores também estimaram que, em um bilhão de computadores pessoais descartados, haja
cerca de: 6 milhões de toneladas de plástico; 1,5 milhão de toneladas de chumbo; 3 mil
toneladas de cádmio; 2 mil toneladas de cromo, e; 600 toneladas de mercúrio.
Diante desse cenário, entende-se porque a diretiva REEE europeia fala em três fatores
que devem ser gerenciados no manejo de REEE: prevenção na geração (reduzir o consumo de
EEE na fonte); reciclagem e reutilização (reutilizar EEE ou suas partes em outras operações
de manufatura); e disposição final (destinar corretamente o que não puder ser reaproveitado)
(HISCHIER et al., 2005).
1.3
CARACTERIZAÇÃO DOS REEE E OS PRINCIPAIS IMPACTOS NA SAÚDE
REEE estão na categoria de produtos perigosos, nocivos à saúde e que causam danos
ao ambiente pela sua composição química (WIDMER et al., 2005). REEE possuem placas e
circuitos impressos com componentes químicos tóxicos e contaminantes que devem ser
monitorados e recolhidos adequadamente, conforme legislação específica (KOHL, 2014). Não
só os tipos de componentes tóxicos encontrados, mas a quantidade de cada um deve ser
considerada para o controle e a destinação (OGUCHI et al., 2012). As regulamentações
determinam a proibição da disposição em aterros, tendo a necessidade de controle sobre seu
descarte e destino final (MMA, 2012). Mesmo que seu gerenciamento seja parte de programas
de sustentabilidade ambiental nas empresas, dificilmente recebem toda a atenção devida
(MMA, 2012; MARTINHO et al., 2012).
Os REEE têm três tipos de destinos: reaproveitamento como se encontram,
desmontagem para uso das peças e disposição em aterros. Como em muitas localidades
(principalmente em pequenas cidades) não existe capacidade de desmontagem ou
reaproveitamento, pode resultar destinação inadequada, em aterros (MMA, 2012; FRANCO e
LANGE, 2011). Tal destinação pode chegar até a 3% de todo o resíduo sólido urbano no
planeta (ROBINSON, 2009) e a 8% na União Europeia (WIDMER et al., 2005). Cerca de
70% dos metais pesados (mercúrio e cádmio) e 40% do chumbo encontrados nos aterros dos
EUA vêm de REEE (PUCKETT et al., 2002).
Dada a diversidade de materiais, não existe uma tipologia padronizada para a análise
de REEE. No entanto, muitos estudos examinam cinco classes: metais ferrosos, metais não-
ferrosos (principalmente cobre, alumínio, e chumbo), vidros, plásticos, e outros. Duas
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