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salva de EEE obsoleto. Por fim, se o aproveitamento do subsistema não for viável,

principalmente pela necessidade de destruir a parte, ao menos os componentes (resistores,

capacitores, transformadores, ventiladores, ou materiais virgens, tais como metais e plásticos)

podem ser aproveitados como matéria-prima na indústria. Obviamente, dados os custos e o

baixo aproveitamento, essa última é a pior alternativa das três examinadas.

As normativas para destino final de REEE ainda não são específicas e totalmente

claras para empresas e consumidores, sendo difícil identificá-las e interpretá-las no dia a dia

das empresas. A Europa apresenta uma maior qualidade de controle, por meio das diretivas

WEEE e RoHS, que estabelecem definições, tanto no processo direto de produção, como no

retorno, por meio de metas de reciclagem (GOOSEY, 2004; ONGONDO et al., 2011). Como

estas diretivas tornam o produtor responsável pelo resíduo que gera, esses têm gerenciado o

recolhimento dos produtos no seu fim de vida, providenciando a reciclagem ou destino

adequado. Essas ações de retorno têm, além da responsabilidade do produtor, a participação

do varejo e também do consumidor.

A informalidade nas atividades de destinação de produtos é apontada como importante

fator de risco pelo relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT, 2012). O

principal problema que a informalidade traz é a falta de responsabilização quanto ao

descumprimento da legislação.

CONCLUSÕES

O objetivo deste artigo foi oferecer uma revisão sobre REEE, principalmente para

servir de base para futuras pesquisas no tema. As principais contribuições do artigo foram:

contextualização sobre a indústria e definição de REEE segundo vários autores, os principais

riscos à saúde humana gerados por REEE e os três elos da cadeia produtiva de retorno de

REEE: transporte, tratamento e destinação final.

O tema está apenas iniciando como linha de pesquisa e oportunidades se abrem para

novos estudos. Como continuidade de pesquisas, sugerem-se: (i) estudos de caso para

entender melhor o trajeto que o REEE faz desde a central de triagem até o reaproveitamento;

(ii) experimentos para encontrar um método, de preferência automático, para acelerar a

desmontagem de placas de circuito impresso; (iii) pesquisas quantitativas que possam estimar

as quantidades de REEE adequadamente retornados nos meios urbanos mais importantes; e

(iv) estudos sobre ecodesign que possam trazer subsídios para que a indústria de manufatura

eletrônica possa oferecer produtos mais facilmente desmontáveis ao fim da vida útil.

Como quadro de trabalho para classificação de novas pesquisas, sugere-se: (i)

gerenciamento de REEE, composto por estudos das três etapas; (ii) implicações

socioambientais, compostas por impactos na saúde humana e animal e benefícios sociais que

atividades de retorno de REEE podem trazer; e (iii) processos em REEE, incluindo ecodesign,

tecnologias automáticas para montagem e desmontagem, e tecnologias mais limpas para

extração e recuperação de substâncias.

REFERÊNCIAS

AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES

ANTT. (2004). Resolução n.

420, de 12 de fevereiro de 2004.

Manual de auto-proteção de produtos perigosos

Manuseio

e transporte rodoviário

- PP8, 2004.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA ELÉTRICA E ELETRÔNICA

ABINEE.

(2015).

Panorama Econômico e Desempenho Setorial 2014.

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