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Mesmo considerando as devidas proporções e por razões óbvias

sobretudo de cunho

administrativo e econômico -, com relação a estes equipamentos as demais cidades

3

de sua

região apresentem uma situação bastante diferente (algumas nem têm noção do que são ou

para que servem; para algumas, muito pequenas, de fato eles não seriam necessárias). A

registrar em Belo Horizonte a falta de condições políticas e de participação da população para

seu correto funcionamento.

Conforme resgatado em Silva

et al

. (2006), desde a implantação deste programa, a

prefeitura de Belo Horizonte, através da SLU, passou a buscar parcerias com empresas

privadas e instituições de ensino, além de outros órgãos da própria prefeitura, com o intuito de

fortalecer a gestão dos resíduos tanto econômica, política e socialmente.

Como medidas para gestão desses RCC, a prefeitura de Belo Horizonte definiu duas

práticas de combate e prevenção aos depósitos clandestinos, a saber:

rede receptora do

resíduo,

com a implantação das URPV, das unidades de reciclagem de entulhos e de aterros

de inertes, além de uma

rede programática,

desenvolvendo educação e informação, a

recuperação de áreas degradadas e projetos de fiscalização (TEIXEIRA, 2010).

Figura

4

aspectos típicos das URPV de Belo Horizonte

a) acúmulo de grandes

quantidades

de materiais variados, misturados e espalhados, expostos às intempéries; b) acúmulo de

material no solo, dificultando carregamento e remoção (obrigando a muito trabalho manual); c)

colocação indiferenciada de RS nas caçambas (poderia haver triagem nas URPV), resultado da falta de

cooperação dos usuários

Em particular, as URPV foram concebidas como elementos que permitissem reforçar a coleta

seletiva (ver Figura 4), de modo que a população recorresse a elas complementando tanto a

coleta convencional quanto a coleta seletiva de tipo “porta a porta”

4

. Normalmente recebem

os RCD (entulhos e outros tipos de materiais)

idealmente não misturados -, podas, madeira,

terra limpa e objetos volumosos (colchões, móveis e, em princípio, até eletrodomésticos,

embora na prática, até fins de 2016, não fosse oficialmente autorizada a entrega destes) de

pequenos produtores ou em “pequenas” quantidades (

valor de referência, que já foi alterado:

máximo de 1m

3

/dia por descarga). Estes equipamentos não recebem restos de alimentos,

3

Betim (população de 417.000, 2015), na região metropolitana de BH, contava com 14 delas em 2014-15

, “em

vias

de

reestruturação

recebendo

muros

de

proteção”

(Fonte:

http://www.betim.mg.gov.br/noticias/41331%3B58231%3B06%3B5854%3B70572.asp

, acesso em 19ago15) e

Contagem

(população

de

mais

de

650.000,

em

2015)

com

22

(Fonte:

http://www.contagem.mg.gov.br/?materia=780994

, acesso em 19ago15).

4

Em BH, no fim de 2014, dos 385 bairros (sem incluir vilas, que são umas 100) a coleta seletiva era feita em 34,

servindo a uma população de aproximadamente 375.700 habitantes, ou seja, uns 15%

do total (SLU, 2014). Em

2015 e 2016, estes valores e proporções não foram alterados.

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