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Tabela 1- Valores finais obtidos nos recipientes R1, R2 e R3 com o respectivo material
estruturante
Recip. Estrut. pH Umidade
(%)
Nitrogênio
Total
(%)
Carbono
Orgânico
(%)
Relação
C/N
CE*
(mS/cm)
IG*
(%)
GP*
R1
C
7,49
28,89
3,96
34,21
8,70
9,78
27,76 0,15
R1
G
7,13
45,51
2,49
21,25
8,57
2,46
289,50 1,03
R1
P
6,26
57,74
2,47
32,43
13,21
2,40
209,99 3,83
R1
S
5,94
63,72
2,37
28,46
13,03
2,85
183,01 0,83
R2
C
6,87
26,76
4,41
37,36
8,49
12,61
0,00
0,54
R2
G
7,66
55,27
3,32
25,00
8,27
5,21
36,44 7,08
R2
P
6,09
63,77
1,82
21,50
11,80
2,32
47,69 1,48
R2
S
6,41
53,13
3,24
31,99
10,07
2,63
155,53 2,75
R3
C
6,87
16,25
4,25
25,66
6,03
8,30
9,05
0,32
R3
G
6,04
35,72
2,59
27,15
10,63
4,42
61,92 3,99
R3
P
6,01
55,49
2,68
20,75
7,97
3,50
31,17 1,45
R3
S
6,04
35,00
2,61
29,56
10,96
3,26
296,67 3,93
Fonte: Autor (2017). C - comida; G - grama; P -poda de árvore urbana picada; S -serragem.
*CE: Condutividade elétrica; IG: índice de germinação; GP: grau de polimerização.
Tendo em vista o atendimento dos compostos aos padrões da Instrução Normativa
citada e realizando-se uma análise individual das composteiras, verificou-se que quanto ao pH
apenas R1-S encontra-se abaixo do limite, entretanto, considerando o valor bem próximo da
norma e índice de germinação com valor ideal, acredita-se que não seja um resultado negativo
para o sistema, já que o IG mede a fitotoxicidade e maturidade do composto testado. De
acordo com CCQC (2001), para valores do IG maiores que 90, o composto é considerado
muito maduro, entre 80 e 90 é maturado e menor que 80, é imaturo. Para Riffaldi
et al.
(1986), quando o índice está acima da faixa de 80 a 85%, o composto é definitivamente não
tóxico.
Em relação à umidade, R1-P, R1-S, R2-G, R2-P e R3-P apresentaram valores acima
de 50%. Segundo Kiehl (1985), se a umidade estiver abaixo de 40% no período final da
compostagem, não há comprometimento da qualidade do composto. Diaz
et al
. (2007)
recomendam que o teor de umidade seja inferior a 50% para manter o manuseio, transporte e
aplicação viável, entretanto, de acordo com Andersen
et al
. (2011), isto não se torna um
grande problema uma vez que o objetivo da compostagem seja usar o composto diretamente
no jardim ou em hortas da casa do usuário que adotará o sistema. Portanto, os valores obtidos
neste trabalho encontram-se adequados. Tratando-se dos parâmetros, nitrogênio total, carbono
orgânico e relação C/N, o material de todas as composteiras encontra-se dentro dos limites
estabelecidas pela IN 25.
Quanto à condutividade elétrica, esse parâmetro não é regulamentado pela IN n
o
25 de
2009, entretanto R1-C, R2-C, R3-C, R2-G e R3-G apresentaram valores acima do
recomendado por Kiehl (1998) e Lasaridi
et al
. (2006). Segundo os autores, o limite
considerado tolerável para plantas de média sensibilidade é de 4 mS/cm. Para Manios (2004),
Farrel e Jones (2009), processos de compostagem com uso de resíduos sólidos municipais
pode apresentar um nível relativamente elevado de sais inorgânicos comparado com outros
substratos (lodos, resíduos agrícolas, entre outros). Isto pode ser explicado pelo elevado grau
de decomposição de materiais orgânicos, especialmente ricos em proteínas, o que leva à
acumulação de vários sais solúveis em água.
Pela Tabela 1, notou-se que o IG considerado baixo se deu pela CE elevada. Segundo
Manios (2004), a CE pode ser um fator limitante na qualidade final do composto produzido.
Adubos com alto teor de CE pode apresentar um comportamento fitotóxico afetando o
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