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Recomenda-se a utilização de mais de uma unidade de compostagem, ao se atingir o

volume máximo do recipiente. Dessa forma, à medida que se preenche o volume de um,

inicia-se a operação de um segundo e, após o alcance da capacidade do segundo, pode-se

retornar a preencher o primeiro, visto que o volume do primeiro terá, durante esse intervalo,

reduzido o suficiente para que haja essa alternância. Para uma maior facilidade de operação, a

utilização de um recipiente com a mesma característica do R1, mas volume maior (cerca de

135L) é sugerido para famílias maiores do que 4 integrantes.

Em relação ao tipo de material estruturante que se recomenda, sugere-se a utilização

de materiais de relação C/N mais alta, como foi o caso da serragem e poda. No caso da adição

de água, o que se faz necessário pelo menos 2 vezes por semana, é preciso ter um controle

maior, verificando sempre se há indícios de condições anaeróbias, como formação de

chorume e odor forte.

A utilização de composteiras sem adição de material estruturante não é indicada

devido ao desconforto em relação à operação, mau cheiro e baixa qualidade do produto final.

Esse trabalho apresentou algumas dificuldades relativas à infestação de moscas

durante o período inicial de alimentação das composteiras. Algumas sugestões podem ser

dadas para justificar tal ocorrência, como a proximidade dos recipientes alimentados

exclusivamente de resíduo de alimentos das outras composteiras. Esses recipientes citados

não possuíam qualquer proteção contra a invasão desses insetos, como é o caso dos outros que

possuíam o material estruturante como impedimento.

Outra hipótese se refere ao período de chuvas, já que a observância da presença desses

insetos se deu durante os meses de maio a julho. Tal período de chuvas se encerrou

exatamente quando não havia mais indícios da presença desses insetos no local. Para sanar

esse problema, resolveu-se realizar um teste utilizando-se os recipientes redondos envolvidos

por tela tipo “mosquiteiro”, que possuía orifícios menores, dificultando

o desenvolvimento

destes.

Realizou-se a montagem de 9 composteiras adicionais, sendo 3 com serragem, 3 com

grama e 3 com poda de árvore. Composteiras com alimentação exclusiva de resíduos de

comida não foram montadas, para eliminar a influência das mesmas na proliferação dos

insetos. O período da montagem desse novo lote de composteiras se deu entre os meses de

outubro a dezembro, período caracterizado pela baixa ocorrência de precipitação no Ceará.

Além disso, tomou-se o cuidado para não haver resíduos dispostos no local próximo às

composteiras.

Durante todo o período de operação dessas composteiras, que se prosseguiu da mesma

forma do primeiro modelo proposto, não houve indícios de proliferação de moscas. Quanto a

ratos e outros tipos de roedores, não houve indícios da presença deles nem no primeiro nem

no segundo lote e as composteiras permaneceram durante todo o período do experimento sem

violação do material, nem se observaram fezes que são características da presença desses

roedores.

CONCLUSÕES

Diante dos resultados apresentados, recomenda-se a coleta do material compostado no

fundo dos recipientes a partir de 90 dias de iniciado o processo de alimentação das unidades

de compostagem. Para uma estabilização de toda a massa da composteira, após o

encerramento do processo de alimentação, pode se aguardar até 180 dias para obtenção de um

material de plenamente estabilizado.

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