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COMPOSTAGEM DE RESÍDUOS DE ALIMENTOS EM
COMPOSTEIRA DOMÉSTICA DE PEQUENO PORTE
(DANIELE
VITAL VICH, LUCIANO MATOS QUEIROZ, HITOMI PIRES MIYAMOTO,
CAMILA VIRGENS DOS SANTOS, VIVIANA MARIA ZANTA)
Este Artigo foi aceito em 2017 para publicação na Revista Ambiente & Água
ISSN 1980-
993X
RESUMO
:
A compostagem doméstica de resíduosde alimentos é uma opção atrativa para a
gestão dos resíduos sólidos orgânicos no Brasil. No entanto, existem poucos programas,
estudos e experiências sobre o comportamento fisico, quimico e microbiológico deste
processo em pequena escala no País. Esta pesquisa investigou o desempenho da compostagem
de resíduos de alimentos com lascas de madeira em uma composteira de 10L para uso
doméstico. O experimento teve 3 fases, com diferentes composições de mistura, ciclos de
alimentação e revolvimento.Na primeira fase, a composteira foi preenchida semanalmente
com residuos de alimentos e lascas de madeira durante quatro semanas. Na fase 2 a
composteira foi preenchida uma única vez com uma mistura de resíduos de alimentos e 100%
das lascas de madeira decompostasremanescentes da fase 1. Na terceira fase, a composteira
foi preenchida com resíduos de alimentos, 50% de lascas de madeira decompostas na fase 2 e
50% de lascas novas de madeira. Os parâmetros físicos e químicos foram monitorados e os
coliformes totais e
E. coli
foram quantificados no composto. Em todas as fases,a temperatura
variou entre 26,7°C a 46,2°C ao longo do processo. A redução da massa úmida nas fases do
experimento ficou na faixa de 58-69%, enquanto que a redução da massa seca variou de 37-
61%. O valor de pH, os teores de carbono e nitrogênio e a relação C/N estavam de acordo
com os valores recomendados na legislação brasileira. Apenas o produto da fase 2 não
atendeu aos padrões para contagem de
E. coli
, com 1900 NMP g
-1
sólidos totais,
provavelmente
porque a temperatura permaneceu na faixa termofílica por pequenos intervalos de tempo.
Para atingir a qualidade do composto exigida quanto ao parâmetro microbiológico um maior
período de tempo de processo é necessário para que haja escassez de matéria orgânica
facilmente degradável.
Palavras-chave:
Compostagem doméstica, Resíduo de alimentos, Patógenos.
3.1
INTRODUÇÃO
No Brasil, domicílios, pequenos estabelecimentos comerciais e serviços de varrição
produzem cerca de 90toneladas de resíduos orgânicos por dia, o que representa 51% da
produção total de resíduos sólidos urbanos (Brasil, 2012). Apenas 1% destes resíduos é
destinado aos sistemas de compostagem, enquanto que 59% são depositados em aterros
sanitários e cerca de 40% ainda são lançados em lixões. A Política Nacional de Resíduos
Sólidos (Brasil, 2010) tem como diretrizes a produção zero de resíduos, a reciclagem, a
compostagem, a incineração e a disposição final em aterros sanitários. O Plano Nacional de
Resíduos Sólidos define a compostagem como uma prioridade para a gestão de resíduos
orgânicos (Brasil, 2012).
A compostagem é a estabilização da fração orgânica de resíduos sólidos urbanos,
realizada pela comunidade microbiana em condições aeróbias controladas. As variáveis de
controle mais usuais do processo de compostagem são: relação carbono/nitrogênio entre 20 e
40, teor de umidade entre 50 e 70%, aeração adequada, tamanho reduzido das partículas e
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