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Ensaios de biodigestão anaeróbia
Os ensaios de biodegradabilidade de tratamento anaeróbio da FORSD foram
realizados de acordo com recomendações propostas por Angelidaki
et al
. (2009), que
propõem diretrizes para a padronização dos testes de Atividade Metanogênica Específica
(AME).
O lodo utilizado como inoculo tem origem de um reator anaeróbio de manta de
lodo (UASB) de uma estação de tratamento de águas residuárias industriais de cervejaria. O
lodo empregado apresentava característica granular e foi selecionado por apresentar AME
elevada, registrando um valor de AME de 0,80 gDQO/gSTV.d. Fenômeno este que pode ser
atribuído a adaptação do consórcio microbiano de lodos anaeróbios indústrias de cervejeiras a
degradação de sacarídeos (CARNEIRO, 2012; LIMA, 2015). A seleção pelo lodo acima foi
definida por meio de pesquisa realizada por Lima (2015).
Na Tabela 1 está disposto a caracterização física e química do lodo utilizado neste
estudo e os resultados de AME dos lodos citados por Lima (2015).
Tabela 1 - Caracterização física e química do lodo UASB de cervejaria e os resultados de AME dos
lodos pesquisados por Lima (2015).
Variáveis
Resultados
I
II
Média
DP
pH
7,4
7,4
7,4
0,0
TU (%)
94,6
94,5
94,5
0,1
PEL (g/L)
946
985
965
27
ST (mg/L)
51040
54580
52810
2503
STV (mg/L)
28920
31120
30020
1556
AT. (mg/L)
683
661
671,7
15
AGV (mg/L)
124
114
119
7
NTK (mg/L)
1053
1169
1111
81
PT (mg/L)
513
479
496
24
DQO (mg/L)
22860
19460
21160
2404
Os ensaios de digestão anaerobia foram realizados em condições mesofílicas (35ºC);
com relação alimento/microrganismo de 0,5; sob agitação controlada de 150 rotações por
minuto (rpm); para completar o volume da mistura de reação, optou-se apenas pelo acréscimo
de água visto que a mistura do resíduo com o lodo poderia proporcionar os requisitos
nutricionais em quantidades suficientes. Nos testes de biodegradabilidade foram utilizados
frascos de 250 mL, previamente calibrados. O volume de
headspace
adotado foi de 30%.
Cada condição do ensaio foi analisada em triplicata.
Analisou-se as condições ambientais/operacionais ótimas de produção de biogás
considerando aspectos de suplementação de alcalinidade no meio de reação com dosagens de
1g/L, 3g/L e 5g/L, empregando-se como alcalinizante o bicarbonato de sódio (NaHCO
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). Foi
considerado ainda um ensaio de controle, em que não se adicionou alcalinidade no sistema.
A quantificação do biogás gerado no interior dos frascos foi mensurada por método
manométrico, com a utilização de um indicador universal microprocessado acoplado a um
transmissor de pressão de um medidor universal, uma vez que foram mantidos constantes a
temperatura e o volume de
headspace
, contudo o acréscimo de pressão medido no interior do
recipiente correspondia ao volume de biogás produzido. O volume de biogás foi obtido pela
conversão da pressão medida a partir da equação geral dos gases (Equação 1)
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