

Operações de midiatização: das máscaras da convergência às críticas ao tecnodeterminismo
tureza tem sua origem na antiguidade, em especial nas formas
de agenciamentos dos signos em linguagens, línguas e discursos
agenciados institucionalmente. A apropriação cultural e política,
portanto, seria correlata à apropriação econômica
stricto sen-
su
, mesmo que possamos considerar a superação da economia
da subsistência como base da divisão social do trabalho, como
sugere o marxismo. Esse processo tende a produzir distinções
entre economias diferenciadas. A distinção é, por excelência, re-
gulatória, mercantil.
O terceiro argumento: o que é transversal – a produção
de um tipo de valor apropriável enquanto capital de distinção
– entra em conflito permanente com as fontes das interações a
jusante, que acionam uma semiose que tende a ser disruptiva,
irregulável e desafiadora às instituições que se apropriam dos
meios tecnológicos e que passam a mediar as técnicas de inte-
ração. Ou seja, a mobilização das tecnologias como meios de
comunicação nem sempre converge, a jusante, com os proces-
sos de valorização dos capitais econômicos, culturais e políticos,
mesmo quando esses meios tecnológicos estão submetidos às
regulações técnicas tentativas. Os algoritmos se constituem no
campo de batalhas atualizado, nesta perspectiva.
2 Cognição, semiose e interação com os
objetos-meios
O meio-objeto tecnológico, quando inserido em formas
de produção, está afeto a ordens que se articulam, mas são au-
tônomas entre si:
a)
A semiose como transformações e implicações per-
manentes entre objeto-meio, meio-signo e meio
simbólico. Os três juntos chamaremos, neste artigo,
de objetos-meios de informação e comunicação.
b)
Ações e interações entre indivíduos, e destes com
os objetos-meios e com a natureza.
c)
Os processos cognitivos emergentes dessas inte-
rações conforme especificidades da semiose em
curso.