Operações de midiatização: das máscaras da convergência às críticas ao tecnodeterminismo
usuários de internet que realizamaudiovisuais com ima-
gens de bancos de dados disponibilizados pelo próprio
meio. A proposta da pesquisa não está baseada em uma
utilização por uma minoria que detém o conhecimento
específico sobre montagem cinematográfica, mas nas
experiências e ações realizadas por quaisquer recepto-
res, utilizadores da internet que passam ao patamar de
realizadores.
d) O autor faz uma distinção entre inovação e mudança.
Para ele, estes dois termos não podem estar no mesmo
plano; não são sinônimos.
Após situar a técnica, Miège identifica sete inovações
sociotécnicas com a evolução das TICs:
a) A informacionalização – Trata-se de um processo global
que se traduz pela aceleração da circulação dos fluxos
da informação. É a informação sendo gerada por diver-
sas esferas: profissionais, privadas e públicas. Há infor-
mação editada e informação não editada. Por exemplo:
muitas das informações que se buscam no Google não
são editadas; o editor é uma pessoa especializada; a in-
formação da imprensa e dos livros é questionada pela
edição. No caso dos audiovisuais de arquivo realizados
por usuários do YouTube, há a informação gerada por
uma esfera que não é a institucionalizada. Dessa forma,
muitas vezes, não há a preocupação com a verificação
da verdade. Parece haver uma certa “liberdade poética”
para as experimentações audiovisuais da web. O proces-
so de informacionalização amplia a oferta, num quadro
sobretudo mercantil, com procedimentos normalizados
de pesquisa de informação.
b) A midiatização da comunicação (por memória) – Trata-
-se de um processo que não se limita à esfera profissio-
nal; ultrapassa as fronteiras profissionais.
c) A ampliação do domínio das mídias (por memória).
d) A mercadização das atividades infocomunicacionais – As
indústrias informacionais estão se transformando em