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O valor de pH foi determinado por meio de um medidor equipado com eletrodo

utilizando 1 g da amostra imersa em 50 mL de CaCl

2

(0,01M) e agitada durante 30 minutos.

O teor de umidade e os sólidos totais voláteis foram analisados de acordo com o

Standard

Methods for the Examination of Water and Wastewater

(APHA, AWWA e WEF, 2012). O

nitrogênio foi determinado por uma metodologia adaptada do método 4500-Norg B; 200 mg

da amostra previamente seca foram colocados em frascos Kjeldahl contendo 1 ml de H

2

O

2

comercial, 700 mg de mistura de digestão (contendo 100 g de Na

2

SO

4

, 10 g de CuSO

4

5H

2

O e

1 g de selênio) e 5 ml de H

2

SO

4

concentrado. A digestão foi conduzida na unidade de digestão

modelo K-425, Büchi. Após digestão, foram adicionados à amostra 50 ml de água deionizada

e 35 ml de NaOH 10M, que foi então destilada em 50 ml de ácido bórico com pH 4,65 na

unidade de destilação modelo K355, Büchi. O carbono foi determinado em um sistema de

combustão de sólidos a alta temperatura (1200 °C) utilizando o analisador multi N/C

®

2100

da Analytic Jena. Coliformes totais e

Escherichia coli

foram quantificados por meio da

técnica de substrato definido utilizando Colilert

®

, IDEXX.A qualidade do composto foi

analisada considerando os limites de referência constantes na IN29/2005.

2.3

RESULTADOS E DISCUSSÃO

As variações da temperatura ambiente e nas composteiras ao longo do tempo são

mostradas na Figura 3, com maior detalhamento para os sete primeiros dias do processo nos

quais ocorreram as maiores variações. A temperatura ambiente variou entre 27,1 e 30, 8°C,

com amplitude térmica de apenas 3,7°C.

A evolução da temperatura é um indicador da atividade microbiana durante processos

biológicos e, consequentemente, pode ser considerada como um parâmetro conveniente e

direto para determinar o status do processo de compostagem (Li

et al

., 2013). Nesta pesquisa,

apenas as condições mesofílicas caracterizaram o processo de compostagem,

independentemente do material estruturante utilizado. Em todas as composteiras é possível

observar que o pico de temperatura ocorreu logo no segundo dia após a adição dos resíduos de

alimentos. Tanto na Fase 1 como na Fase 2 ,quando ocorreu novo preenchimento das

composteiras contendo serragem 2:1 e folha seca, as máximas temperaturas observadas

variaram entre 41 e 43°C, o que correspondeu a uma diferença de 12 e 14°C em relação à

temperatura ambiente, respectivamente.

Estudos experimentais realizados em composteiras de pequeno a médio porte revelam

uma diversidade de perfis de temperatura resultantes do processo de compostagem,

subdivididos em (1) comportamento de subida e queda, com flutuações térmicas significativas

ou (2) comportamento que acompanha de perto as mudanças sazonais. A temperatura

influencia tanto a natureza específica da população microbiana como a taxa e o tipo de

decomposição. Dado que populações microbianas diversificadas geralmente evoluem e

dominam o ambiente durante um processo de compostagem, as chances são de que, em

qualquer instante no tempo (em condições mesofílicas ou termofílicas), a temperatura interna

será apropriada para algum grupo microbiano (Tatàno

et al

., 2015; Li e

t al.

, 2013; Smith e

Jasim, 2009; Ryckeboer

et al

., 2003). No presente estudo, o desenvolvimento global da

atividade microbiana exotérmica em condições aeróbias é mostrado, mesmo que

discretamente, pelos aumentos na temperatura interna de 2,6 a 3,6°C (média) ou 1,2 a 2,1°C

(mediana) acima da temperatura ambiente, em todas as composteiras.

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