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Em 2011, a gestão dos RS avançara e 25 dos 39

barangays

tinham leis locais

suplementares à municipal

que proibiam queimar o lixo e determinavam a segregação e

compostagem. A compostagem já era prática comum entre famílias da zona rural. Nas zonas

rurais, onde a maioria dos domicílios possui quintais, o lixo orgânico não é coletado. A

compostagem é realizada em cada casa (ver Figura 3) com a utilização de composteiras nos

quintais para cultivo de verduras e legumes para complementar suas necessidades (Mendoza,

2010; p. 156).

Entretanto, a qualidade do composto era quase sempre questionável, constantemente

contendo materiais não biodegradáveis. Pelo menos 15

barangays

implementaram

compostagem de melhor qualidade (composto mais puro) devido à segregação dos RS

orgânicos na fonte.Os novos esquemas de gestão dos RS incluíram algumas taxas pela coleta.

No entanto, como aponta Mendoza (2010), as Filipinas possuem algumas das melhores

leis ambientais do mundo, a exemplo da Lei de Gestão Ecológica de RS, mas muitos desafios

ainda precisam ser superados: os

barangays

sofrem com a falta de verbas para implementar as

determinações legais; muitos governos municipais e provinciais têm buscado na construção de

aterros e incineradores a solução para a problemática dos RS, principalmente devido a fortes

pressões externas de agentes que fazem

lobby

em seu favor; a responsabilidade por parte dos

fabricantes têm sido negligenciada; o encerramento das centenas de lixões que ainda existem

por todo o país.

3 - NAIRÓBI Quênia)

A cidade de Nairóbi é o centro político e administrativo da República do Quênia e tem

uma população estimada em 4 milhões de habitantes vivendo em 696Km

2

(densidade

populacional de 5.747 hab/Km

2

). O IDH para a cidade está em 0,541, sinalizando o ainda

baixo padrão de qualidade de vida da população. A cidade é dividida em várias regiões e

administrada pelo Conselho da Cidade de Nairóbi (CCN) que, entre suas atribuições,tem o

provimento de serviços de educação, saúde, coleta de lixo, água e saneamento (Onduru,

2009).

Figura 4 - Sistemas de compostagem nas áreas urbanas e peri-urbanas de Nairóbi, aqui com

pilhas cobertas

Fonte

:

Onduru

et al

., 2009

Cerca de 2 milhões de nairobianos vivem em situação de grande pobreza amontoados

em regiões com precários serviços sanitários. As ações em relação aos RS em Nairóbi ainda

têm um foco mais sanitarista e menos ambiental: a cobertura de coleta e disposição adequada

do lixo ainda são incipientes. A coleta atende a pouco mais de 60% e a disposição em aterros

também. Os serviços de coleta e recuperação de materiais em grande parte estão sob

responsabilidade do setor privado e essa tendência tem aumentado. Em 2001, o CCN aprovou

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