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Operações de midiatização: das máscaras da convergência às críticas ao tecnodeterminismo

Parece-nos evidente, portanto, que as mídias tradi-

cionais estão implicadas com as TIC, na medida em que estas

últimas configuram uma complementaridade do modelo de co-

municação já enraizado pelos meios de massa. Reformulações

sociotécnicas têm deslocado os estudos de comunicação para a

dinâmica da circulação e do papel do dispositivo midiático

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nas

construções de sentido e na organização social. Esta ecologia

comunicacional, composta tanto pelas mídias tradicionais (TV,

rádio, imprensa impressa, etc.) como por novas “tecnologias

convertidas em meios”, configura uma nova ambiência comuni-

cacional, um novo entorno midiático, que alguns teóricos estão

chamando de midiatização.

Referências

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Matrizes

,

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Líbero

(FACASPER), v. 1, p. 1-15, 2006.

JENKINS, Henry.

Cultura da convergência.

São Paulo: Aleph,

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LÉVY, Pierre.

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. São Paulo: Editora 34, 1997.

MIÈGE, Bernard.

A sociedade tecida pela comunicação:

téc-

nicas da informação e da comunicação entre inovação e

enraizamento social. São Paulo: Paulus, 2009.

8

Aqui estamos falando a partir do conceito proposto por Ferreira (2006), que

defende o dispositivo como objeto de investigação e faz a distinção entre dis-

positivo no campo da comunicação (tecnologia) e no da teoria social crítica

(Foucault, Deleuze, Guattari). Propõe o dispositivo como “triádico e relacional”

e torna o conceito operacional ao defendê-lo como objeto de investigação que

contém três dimensões que se autodeterminam: socioantropológica, semiolin-

guística e tecnotecnológica, ou, em outras palavras, uma tecnologia, um sistema

de relações sociais e um sistema de representação.