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satisfatório de informações. Das quatro operadoras apenas, a operadora
“1” participou
efetivamente do estudo, com fornecimentos dos dados solicitados, além de responder as
questões do roteiro de entrevista via correio eletrônico. As demais operadoras (2, 3 e 4)
forneceram alguns dados solicitados, mas não responderam as perguntas do roteiro (ver
Quadro 3) de entrevista.
A técnica utilizada foi a de análise conteúdo. Em estudos qualitativos codificam-se os
dados para se ter uma descrição mais completa, resumi-los, eliminar informações irrelevantes
e dar mais sentido ao material analisado. Assim, para análise qualitativa das entrevistas foi
necessário organizar os dados por categorias/temas e codificá-los a fim de compreender em
profundidade o contexto das informações do universo pesquisado (SAMPIERI, COLLADO e
LUCIO, 2006; GIBBS, 2009). As categorias dos roteiros de entrevistas foram propostas a
partir dos trabalhos de Rodrigues (2007) e Franco (2008), e foram posteriormente adaptadas
aos atores identificados (Tabela 2).
Quadro 3
–
Categorias dos roteiros de entrevistas
Roteiros de
entrevista
Categorias
1, 3 e 5
(1) Contextualização da instituição;
(2) Gerenciamento dos REEE;
(3) Gerenciamento dos resíduos de aparelhos celulares;
(4) Percepção dos respondentes sobre a gestão de REEE
2
(1) Contextualização da instituição;
(2) Gerenciamento dos resíduos de aparelhos celulares;
(3) Percepção dos respondentes sobre a gestão de REEE
4
(1) Gestão dos REEE em âmbito nacional e internacional;
(2) Tramitação do acordo setorial dos produtos eletroeletrônicos pós-consumo;
(3) A logística reversa e os atores participantes;
(4) Percepção sobre a gestão de REEE
De acordo com Sampieri, Collado e Lucio (2006), existem dois níveis de codificação:
o primeiro consiste em categorizar os dados e, o segundo, em comparar as categorias entre si
para agrupá-las em temas e procurar possíveis vinculações. Assim, a codificação em primeiro
nível foi realizada para análise dos dados dos grupos 1, 3, 4, 5, 6 e 7, referente à etapa 2 da
fase 1.
A fase 2 consistiu em analisar a cadeia pós-consumo dos aparelhos celulares a partir
da elaboração de um fluxograma. Para isso, foram utilizadas as mesmas técnicas de coleta e
de análise de dados da fase 1. Com as informações obtidas nas etapas 1 e 2, da fase 1, foi
possível analisar o fluxograma gerado com incremento da análise de conteúdo em segundo
nível, a fim de comparar os agrupamentos propostos (1 a 7) no estudo da cadeia pós-consumo
dos aparelhos celulares em Belo Horizonte.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Neste item de resultados são apresentados todos os atores que puderam ser
identificados. Posteriormente, com auxílio de um fluxograma, são discutidos os papéis dos
atores na cadeia pós-consumo dos aparelhos celulares em Belo Horizonte.
Identificação dos principais atores
O número de atores identificados (NAI) e que participaram da pesquisa (NAP) são
apresentados na Tabela 2.
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