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FLUXO DA CADEIA PÓS-CONSUMO DOS APARELHOS

CELULARES EM BELO HORIZONTE (MG) (RENATO DE CARLI

ALMEIDA COUTO, RAPHAEL TOBIAS DE VASCONCELOS

BARROS ,CINTHIA VERSIANI VARELLA, LUIZ HENRIQUE

SIQUEIRA RESENDE)

RESUMO

: este capítulo tem como objetivo analisar o fluxo da cadeia pós-consumo dos

aparelhos telefônicos celulares a partir dos principais atores que foram identificados na cidade

de Belo Horizonte (MG). Esta pesquisa foi desenvolvida em duas fases, sendo a fase 1

dividida em duas etapas. Em cada etapa foi selecionada uma técnica para coleta e análise dos

dados de acordo com os atores que foram identificados a partir de revisão bibliográfica,

documental e visitas técnicas

in loco

aos atores que trabalham com os REEE, em especial os

atores que atuam na cadeia pós-consumo dos aparelhos celulares. Utilizaram-se ainda sítios da

internet

e contatos telefônicos para complementar a busca de novos atores e para levantar

informações adicionais. Os atores identificados foram agrupados de acordo com as atividades

que desempenham. A fase 2 consistiu em analisar o fluxo dos resíduos de aparelhos celulares

gerados nas atividades identificadas. A partir do diagnóstico apresentado da gestão da cadeia

pós-consumo dos aparelhos celulares é possível afirmar que os programas de logística reversa

ainda são carentes e precários em Belo Horizonte. Os programas existentes encontram falhas

e precisam ser mais estudados. Embora exista um mercado incipiente que recupera parte dos

resíduos dos aparelhos celulares, em Belo Horizonte ainda não existe um sistema formal de

gestão de REEE. Portanto, faz-se necessária a implantação de um plano de gerenciamento

para os REEE gerados no município para que seja possível criar mecanismos de controle e

fiscalização das atividades de remanufatura, desmontagem e destinação desses resíduos que

estão em crescimento constante, além de propor a valorização desses materiais por meio da

reciclagem. Existe também a necessidade da criação, em nível nacional, de acordo setorial

para a implementação do sistema de logística reversa para os produtos eletroeletrônicos e para

o estabelecimento de metas de recuperação de materiais por meio da reciclagem, uma vez que

a disposição final desses resíduos está diretamente relacionada a preservação do meio

ambiente e ao bem estar da saúde humana. Além disso, é fundamental propor não somente

metas para recolhimento dos produtos que são lançados no mercado, mas sim a maneira como

são concebidos e projetados esses produtos de forma a aumentar a sua vida útil e a minimizar

os seus efeitos nocivos como resíduos.

Palavras-chave:

Gestão de resíduos eletroeletrônicos, Aparelhos celulares, Cadeia pós-

consumo, caso de Belo Horizonte.

6.1

INTRODUÇÃO

A problemática da gestão de resíduos sólidos (RS), associada às causas e

consequências da questão de produção desenfreada, vem se destacando com maior frequência

nas discussões acerca de políticas sociais e econômicas atreladas ao desenvolvimento da

saúde e do meio ambiente em escala global. Na comunidade europeia, as articulações já se

encontram consolidadas acerca dos RS em geral com as questões de saúde, planejamento

urbano e a ocupação do solo. Essas articulações resultam em uma maior sensibilidade e, por

conseguinte, evolução na valorização dos RS, tanto desde a prevenção até a geração quanto

nas medidas eficazes de recuperação e destinação final.

Barros

et al.

(2014) ressaltam que o crescimento populacional desordenado, com a

elevação do poder de compra associada à redução dos preços de venda, e à estabilidade

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