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grau de recuperação em 7 dos 10 metais analisados. Na fração condutiva, Chao
et al
. (2011)
foram mais eficientes pelo maior grau de concentração em 7 metais.
Em relação à fração não condutiva Kasper
et al
. (2011) conseguiram uma maior
concentração em 5 metais, Chao
et al
. (2011) em 4 metais e Yamane
et al
. (2011) destacaram-
se apenas em relação a 1 metal, mas obtiveram o mesmo grau de recuperação da prata que
Kasper
et al
. (2011). É importante destacar que em relação ao cobre
–
metal que é encontrado
em maior quantidade em PCIs
–
Chao
et al
. (2011) conseguiram o maior grau de recuperação,
visto que recuperar esse metal era o foco da pesquisa.
A partir da análise dos dados da tabela 3, que foram obtidos por cada trabalho, é
possível fazer uma correlação dos métodos utilizados e dos resultados finais em termos de
recuperação de metais.
Em relação à moagem, como partículas de tamanho muito pequeno são fáceis de
formar aglomerados (CHAO
et al
., 2011), e partículas muito grandes podem prejudicar as
etapas subsequentes do processamento, o tamanho de partículas que está mais próximo do
ideal para o método em estudo é de 0.1 a 1.0mm, podendo-se fazer a separação de
granulometria em diferentes frações, por exemplo, frações de 0.1
–
0.25, 0.25
–
0.5, 0.5 a 0.75
e 0.75 a 1.0. Os intervalos de tamanhos das frações dependerão dos tamanhos das malhas das
peneiras disponíveis para a realização dos testes.
Chao
et al
. (2011) mostraram em seu estudo a importância da interdependência das
separações magnética e eletrostática para a obtenção de resultados mais eficientes na
recuperação dos metais. Kasper
et al
. (2011) utilizando a variação de intensidade de campo
magnético, mostraram que é importante essa variação, pois alguns metais se concentraram na
fração de alto campo magnético, enquanto outros metais concentraram-se mais eficientemente
com a utilização de campo magnético permanente ou baixo campo magnético. Esse fator
deve-se às características de comportamento dos materiais à presença do campo magnético
–
ferromagnéticos (ferro, níquel), paramagnéticos (alumínio, magnésio) e diamagnéticos (cobre,
prata, chumbo).
Em relação à separação eletrostática, Kasper
et al
. (2011) demonstraram que a
utilização de variações na distância entre o eletrodo de ionização e a amostra não afetaram
significativamente os resultados em termos de recuperação de metais, visto que as
quantidades de metais obtidas comparativamente entre as frações com diferentes distâncias
foram bem parecidas. O fator de maior impacto na separação eletrostática é o tamanho das
partículas, onde foi observado que as partículas menores concentraram uma maior quantidade
de material não condutor, enquanto que as maiores concentraram maior quantidade de
material condutor. Uma maneira de aumentar a eficiência nesse tipo de separação, além de
utilizar diferentes tamanhos de partículas, é submeter as frações não condutoras duas vezes
–
ou quantas forem necessárias
–
ao separador eletrostático.
Mesmo separando as partículas em amostras por tamanho, existe uma diferença de
tamanho entre as partículas de uma amostra, e os grânulos de tamanhos diferentes podem
afetar negativamente a eficiência do processo de separação eletrostática. Wu
et al
. (2008)
elaboraram um modelo de separador eletrostático tipo corona, composto por dois separadores
do tipo rolo clássicos dispostos na posição vertical. Cada um com a mesma configuração de
eletrodo, mas o primeiro com uma voltagem de 20 kV e o outro de 30 kV. Após passar pelo
primeiro rolo de separação, as frações mista e não condutora foram submetidas novamente à
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