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TECNOLOGIAS DE RECICLAGEM DE PLACAS DE CIRCUITO

IMPRESSO: EMPREGO DE PROCESSAMENTO MECÂNICO

(

DEBORA CRISTINA DE FREITAS ROMÃO, JUAN CARLOS VALDES

SERRA, AURÉLIO PESSOA PICANÇO

)

RESUMO:

A cada ano, é gerado no mundo um grande montante de lixo eletrônico,

conhecido como Resíduos de Equipamentos Eletroeletrônicos (REEEs). Dentro desses REEEs

encontram-se as Placas de Circuito Impresso (PCIs), que possuem em sua composição vários

metais de alto valor agregado, mas que, se dispostos de maneira inadequada no meio

ambiente, podem causar graves problemas de contaminação. Dessa forma, o presente

trabalho busca analisar as tecnologias mais eficientes de reciclagem e beneficiamento de PCIs

para a recuperação de metais. Foram comparados trabalhos científicos que utilizaram o

método do processamento mecânico com as seguintes etapas: moagem, classificação

granulométrica, separação magnética e separação eletrostática. A partir da análise detalhada

das técnicas empregadas em cada etapa, foi gerado um modelo de referência para a separação

e recuperação dos metais de PCIs através do processamento mecânico.

Palavras-chave:

Reciclagem. Processamento mecânico. Placas de Circuito Impresso.

Resíduos de Equipamentos Eletroeletrônicos.

3.1

INTRODUÇÃO

Nas últimas décadas tem-se observado um acelerado desenvolvimento tecnológico.

Dessa maneira, a produção dos equipamentos eletroeletrônicos

como computadores,

notebooks, celulares

tem crescido em um ritmo muito alto, e todo esse montante de

equipamentos é rapidamente descartado devido aos novos produtos que são lançados, a cada

dia, no mercado. Esses produtos, depois de descartados, viram resíduos

conhecidos como

“lixo tecnológico” ou Resíduos de Equipamentos Eletroeletrônicos (REEEs) –

com um alto

potencial poluidor e de contaminação ao meio ambiente, devido às suas composições.

De acordo com Barba-Gutiérrez

et al

. (2008) apud Luda (2011), foi estimado o

montante de resíduos de equipamentos eletroeletrônicos gerado anualmente no contexto

mundial e chegou-se a um valor de aproximadamente 6,5 milhões de toneladas.

Segundo Veit

et

al.

(2008), em muitos países, assim como no Brasil, os REEEs são

geralmente dispostos em aterros sanitários, queimados ou depositados em lixões, com pouco

controle ambiental, provocando a poluição dos compartimentos ambientais

solo, água e ar

e causando doenças na população que esteja próxima a esses locais. Quando isso acontece,

além dos danos ambientais, os componentes ou materiais que compõem esses resíduos deixam

de ser reutilizáveis e recicláveis.

No Brasil, a instituição da Política Nacional dos Resíduos Sólidos, em 2010, veio

reforçar a necessidade da adoção de medidas mais efetivas para a gestão integrada dos

resíduos sólidos. Entre os seus objetivos, estão: “

adoção, desenvolvimento e aprimoramento

de tecnologias limpas como forma de minimizar impactos ambientais; incentivo à indústria da

reciclagem, tendo em vista fomentar o uso de matérias-primas e insumos derivados de

materiais recicláveis e reciclados

(...)”

(BRASIL, 2010, título II, cap. II, art. 7º).

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