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Quadro
6
–
Microrganismos usados para lixiviação de metais
Microrganismos
Metais
Referências
Chromobacterium violaceum
Au
Li
et al
. (2015)
Bacillus
megaterium
e
Acidithiobacillus
ferrooxidans
Au, Cu
Arshadi e Mousavi (2015)
Acidithiobacillus Sp., Bacillus subtilis e Bacillus
cereus
Zn, Ni, Cd, Pb, Cr Karwowska
et al
. (2014)
Acidithiobacillus ferroxidans
Cu
Yamane
et al
. (2013)
Acidithiobacillus ferroxidans e Acidithiobacillus
thiooxidans
Zn, Cu, Pb
Wang
et al
. (2009)
Fonte: Autores
Li
et al
. (2015) utilizaram
Chromobacterium violaceum
, uma bactéria geradora de
cianeto, para lixiviar ouro dos RPCI. O microrganismo foi obtido de uma empresa de
biotecnologia e os meios de cultura utilizados foram extrato de levedura, peptona e glicina. A
bactéria
Acidithiobacillus ferrooxidans
, retirada de um efluente de uma mina de carvão, foi
aclimatada para atender o processo. A eficiência de lixiviação do ouro pode ser afetada por
fatores tais como oxigênio dissolvido, metais de base, tamanho de partícula e nutrientes, e
presença de íons metálicos que podem servir como catalisadores no processo. A presença de
substâncias tóxicas aos microrganismos, como mercúrio, cádmio, chumbo, arsênio e
retardantes de chama, precisa ser controlada; assim há a necessidade de um pré-tratamento. A
adição de sais como nutrientes aumentou a eficiência de lixiviação do ouro. Sob condições
ótimas, a lixiviação de cobre foi acima de 80% e de ouro de 70,6%.
Arshadi e Mousavi (2015) estudaram a valorização simultânea de ouro e cobre de PCI
de computadores usando
Bacillus megaterium
. Para maximizar a extração, quatro fatores que
afetam a biolixiviação foram selecionados para serem otimizados: fatores microbiológicos,
fatores químicos, fatores de processamento e propriedades físicas da amostra. Uma cultura
pura de
Bacillus megaterium
, uma bactéria cianogênica, foi utilizado para produzir cianeto
como agente de lixiviação. Em condições ótimas, ouro e cobre foram extraídos
simultaneamente em cerca de 36,81% e 13,26%, respectivamente. Para diminuir o efeito de
cobre como um agente de interferência na solução de lixiviação, uma estratégia de pré-
tratamento foi aplicada, utilizando
Acidithiobacillus ferrooxidans
, onde o cobre foi totalmente
extraído; em seguida, o sedimento residual foi submetido a experiências adicionais para a
recuperação de ouro por
B. megaterium
. Usando a amostra pré-tratada, em condições ideais,
obtiveram-se 63,8% de ouro.
Karwowska
et al
. (2014) avaliaram a biolixiviação de zinco, cobre, chumbo, níquel,
cádmio e cromo a partir de RPCI por aplicação de cultura de bactérias oxidantes de enxofre e
uma cultura mista de bactérias produtoras de biosurfactantes. Os dois meios de culturas foram
denominados M I (cultura de
Acidithiobacillus sp.,
com 1% de enxofre), e M II (cultura de
Bacillus subtilis
PCM 2021 e
Bacillus cereus
PCM 2019, com 1% de enxofre e
biosurfactante). Foi constatado que o Zn foi removido eficazmente nas duas culturas, tendo
como eficiência média de 48% de dissolução. A remoção do Cd foi semelhante nas duas
culturas, com liberação de 93% do metal. Para Ni e para Cd, o melhor efeito foi obtido na
forma ácida, com um rendimento de processo de 48,5% e 53%, respectivamente. O cromo foi
o metal que obteve melhor resultado nos dois meios de cultura (23%). O chumbo obteve
remoção muito baixa (inferior a 0,5%).
Silva
s
(2014) estudou uma rota hidrometalúrgica (extração sólido/líquido) e
biohidrometalúrgica para reciclagem de PCI, provenientes de impressoras, visando à
recuperação do cobre. O processamento físico foi composto por etapas de cominuição,
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