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grande variedade de britadores, sendo que os mais comuns são: de mandíbulas, giratório,

cônicos, com rolo simples, rotativo, com rolo duplo, de impacto e com martelos. Para as PCI,

os mais usados são os britadores de mandíbulas e os giratórios. Quando se deseja uma

granulometria inferior a 1 mm se utiliza a moagem, principalmente com moinhos de martelos

(moinho tipo

shredder

) e de facas (Veit

et al

., 2008).

Estas etapas são consideradas impactantes ao meio ambiente, pois além da poluição

sonora emitida pelos grandes fragmentadores ocorre a emissão de poeira e de gases tóxicos. A

fragmentação a seco é um dos processos mais utilizados, sendo que durante esta etapa ocorre

liberação de material particulado com características perigosas, e operações de fragmentação

longas podem ocasionar a fusão e a aglomeração de partículas reduzindo a eficiência do

processo. A fim de minimizar estes impactos, Duan

et al

. (2009) propõem um método de

fragmentação a úmido, ou seja, um fragmentador com aspersão de água durante o processo.

Os autores apresentam como vantagens que este método evita a formação de poeira, o

aumento da temperatura dos equipamentos, e a formação de gases por pirólise, sendo que a

água do processo pode ser reciclada e, portanto, somente uma pequena parte de água precisa

ser suprida.

B - Separação Magnética

A separação magnética atua sob o princípio da condutividade elétrica, separando por

atração magnética os metais ferrosos (fração magnética, tais como ferro e níquel) dos não

ferrosos (fração não magnética). Este método pode ser utilizado pois os metais se dividem em

três grupos de acordo com seu campo magnético: ferromagnéticos (forte atração),

paramagnéticos (média e fraca atração) e diamagnéticos (nenhuma atração).

Chao

et al

., (2011) aplicaram métodos físicos para separação de metais nos RPCI.

Com 20 kg de PCI de diversos modelos de computadores, foram usadas duas etapas de

moagem: primeiramente, as placas foram cortadas no tamanho de 10 cm por 10 cm;

posteriormente, moídas até 1,25 mm. Depois os metais dos RPCI foram separados por

métodos físicos, incluindo a separação pneumática, separação eletrostática e a separação

magnética, e caracterizados por espectrometria de emissão de plasma indutivamente acoplado

(ICP-AES). Os resultados mostraram que metais e não metais das PCI são dissociados

completamente abaixo do tamanho de fragmentação de 0,6mm; e que as PCI apresentam

cobre, alumínio, chumbo, estanho, ferro, níquel, zinco, ouro e prata. Entre estes metais, o

cobre é o que se apresenta em maior porcentagem nas frações de tamanho que se situa entre

0,15 e 1,25 mm; a separação pneumática foi adequada para a fração de tamanho de 0,6-0,9

mm, enquanto que a separação eletrostática foi adequada para as três frações de tamanho, que

vão de 0,15 a 0,3 mm, de 0,3 a 0,6 mm e de 0,9 a 1,25 mm. Todo o processo que envolveu a

trituração, separação magnética e eletrostática formou um ciclo fechado, recuperando o

material e fornecendo um produto de valor econômico.

C - Separação eletrostática

Na separação eletrostática o principio usado é o da condutividade elétrica; assim, os

materiais são classificados em condutores e não condutores de corrente elétrica e quando as

partículas de polaridades diferentes são submetidas em um campo elétrico, seguem caminhos

diferentes de movimento e podem ser capturadas separadamente.

No caso das placas de circuito impresso, a diferença de condutividade elétrica entre os

metais e os não metais é condição fundamental para o bom resultado. É possível separar os

materiais não condutores (polímeros e materiais cerâmicos) dos condutores (metais como Cu,

Pb, Sn, entre outros) (Gerbase e Oliveira, 2012).

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