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quintais foram inventariadas 300.000 árvores

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(PBH, 2016), excluindo aquelas em áreas de

proteção ambiental (parques, reservas ecológicas, etc).

Figura 2: Pátio de compostagem de resíduos orgânicos no CTR da BR-040, em Belo

Horizonte (esq: local de descarga; dir: local de maturação)

Fonte: SLU (2016)

A compostagem realizada pela SLU utiliza, portanto, como material rico em carbono

aquele proveniente de podas de árvores e de roçadas de gramados de jardins e de praças

públicas. As podas são oriundas dos processos de manutenção das boas condições

fitossanitárias e de segurança dos espécimes existentes em áreas públicas, como e também das

conformações dadas às árvores por questão de seu contato com a fiação elétrica aérea da

cidade. Podas de vegetação de áreas privadas, feitas pelos seus interessados e sobre as quais

não se têm registros ou precisão, não são encaminhadas para a compostagem, sendo levadas

misturadas, se em pequenas quantidades, com os resíduos domésticos na coleta convencional,

ou às URPV, quando em grandes quantidades.

Entretanto, os registros sobre os materiais orgânicos provenientes dessas áreas verdes,

que constam nos relatórios anuais de limpeza urbana, oscilam de ano a ano e são escassos. O

mét

odo de compostagem é em leiras em ambiente aberto, seguindo o modelo “Windrow”

(KIELH, 1985). O produto final é utilizado na adubação e como condicionador do solo, em

parques e jardins e também pode ser doado a instituições públicas, se houver disponibilidade

de composto.

No entanto, e apesar da iniciativa oportuna, uma análise da série histórica dos dados

sobre a coleta e destinação de resíduos na cidade, obtidos daqueles relatórios publicados pela

PBH/SLU, evidenciou que, desde a implantação do Programa de Compostagem, um

percentual inexpressivo dos resíduos orgânicos gerados na cidade foi efetivamente reciclado

através desse processo (Tabela 4).

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As covas destas árvores e seus canteiros seriam excelentes receptáculos para absorver o composto produzido

pela própria prefeitura, que não precisaria buscar compradores e economizaria na adubação dos jardins públicos.

Ao mesmo tempo que minimiza o aterramento de grandes massas de resíduos que têm muito valor, haveria uma

melhora no ambiente urbano devido a mudanças no micro-clima (umidade relativa, etc) e à retenção de

escoamento superficial pluvial, minimizando os estragos que historicamente chuvas fazem na cidade.

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