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comparado com os valores iniciais (Tabela 2). Não foi possível estabelecer um balanço de
massa para verificar se o decréscimo no teor de SV corresponde ao volume de biogás
produzido, pois restrições analíticas impediram a análise da qualidade do biogás produzido.
Também não foi possível estabelecer uma relação entre a massa de RSU adicionado e o
volume final de biogás produzido ao final de cada batelada.
A acidez total medida durante cada batelada apresentou valores mínimos e máximos
maiores do que os valores observados para alcalinidade, com exceção da Batelada 02. Este
comportamento mostra a dificuldade de estabilização do pH ao longo de cada batelada,
dificultando a estabilização do reator durante o processo de digestão dos resíduos.
Tabela3
–
Resultados das análises físico-químicas das amostras coletadas e os valores obtidos para a produção
acumulada de biogás ao final de cada uma delas
Batelada 01
Batelada 02
Batelada 03
Batelada 04
Batelada 05
TRS (dias)
30
34
27
26
25
ST (%)
23,8
22,2
20,3
20,3
22,2
SV (%)
59,8
57,4
61,3
58,6
58,6
SF (%)
40,2
42,6
38,7
41,4
41,4
NT (%)
0,3
0,7
-
-
-
COT (%)
19,8
19,1
14,8
15,1
15,3
NaOH 6N (L)
2,0
3,0
0
1,4
2,0
pH
6,2
6,5
6,9
5,2
5,2
Alcalinidade
(mg/L)
754,4 - 1352,4
349,6 - 2686,3
1963,1 - 2514,1
975,8 - 1687,6 964,32
–
1350,0
Acidez (mg/L) 1644,7 - 1142,8 939,84 - 2488,4
1608,0 - 2688,0
1740,0 - 2688,0 2376,0 - 2772,0
RSU (kg SV)
11,6
12,3
8,6
6,7
9,3
Inóculo (kg SV)
3,1
2,8
2,9
2,9
3,4
Relação
RSU/Inóculo
3,7
4,4
3,0
2,3
2,8
Biogás
–
15 dias
(m
3
/t RSU)
1,8
5,7
5,3
10,6
8,3
Biogás
–
21 dias
(m
3
/t RSU)
3,3
9,9
6,7
7,2
11,2
Biogás - final
(m
3
/t RSU)
7,5
22,4
6,7
10,6
11,2
A Batelada 05 apresentou a maior produção volumétrica de biogás nas condições
testadas. Esta batelada utilizou uma relação RSU:inóculo menor do que a Batelada 02, que
obteve o segundo melhor desempenho (Tabela 4). Este comportamento pode ser atribuído a
melhor relação RSU:inóculo.
A produção acumulada de biogás foi maior na Batelada 02. Este comportamento
provavelmente foi obtido pelo rígido controle de pH por meio de adição de álcali (NaOH 6N)
durante a batelada (Tabela 4). A Figura 3 apresenta a produção de biogás de cada batelada em
relação a variação do pH e o TRS.
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