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EIXO 6 – PAULO FREIRE: EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS E ALFABETIZAÇÃO

XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

como o desemprego, a falta de moradia, a baixa autoestima,

o preconceito étnico-sociocultural, doenças familiares, que

corroboram para este afastamento da escola.

Sendo assim, é fundamental refletir e buscar soluções

que levem em conta tais experiências, e pensar nesses su-

jeitos de forma integral e como seres inacabados em fre-

quente transformação. Pois, “é na inconclusão do ser, que se

sabe como tal, que se funda a educação como processo per-

manente” (FREIRE, 2011, p. 57). E em constante mudança, a

fim de possibilitar que o processo de ensino aprendizagem

alcancem seus objetivos, para educadores e educandos.   

É neste contexto que o PROEJA propõe-se como um

espaço dialógico entre a escola e a inclusão destes sujeitos.

E uma das possibilidades de inclusão é a digital. O estudan-

te perfil desta modalidade expressa grande dificuldade em

adaptar-se às ferramentas tecnológicas como computado-

res, celulares,

smartfones

e os aplicativos que os acompa-

nham. E uma das responsabilidades da escola é, também,

desenvolver estratégias de alfabetização digital para seus

estudantes.

Estes sujeitos, “mulheres e homens se tornaram edu-

cáveis na medida em que se reconheceram inacabados”

(FREIRE, 2011, p. 57), e conscientes do seu inacabamento

buscam  no ambiente educacional, ter acesso aos conheci-

mentos, que percebem ser necessários para os manterem

partícipes da sociedade. Porém, possuem ritmos de apren-

dizagem diferentes e singulares e tentam recuperar o tempo

perdido, ingressando em cursos na modalidade EJA.

Assim, os professores precisam respeitar tempos e es-

paços de aprendizagens específicos, o que para Freire exige

destes profissionais

amorosidade, respeito aos outros, tolerância, hu-

mildade, gosto da alegria, gosta da vida, abertura

ao novo, disponibilidade à mudança, persistência

na luta, recusa aos fatalismos, identificação com a

esperança, abertura à justiça, não é possível a práti-

ca pedagógica-progressista, que não se faz apenas

com ciência e técnica. (FREIRE, 2011, p. 118)