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EIXO 3 – PAULO FREIRE E A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL, TÉCNICA, TECNOLÓGICA E SUPERIOR

XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

Para mim, a questão que se coloca é: a serviço de

quem as máquinas e a tecnologia avançada estão? Quero

saber a favor de quem, ou contra quem as máquinas es-

tão postas em uso. Então, por aí, observamos o seguinte:

Não é a informática que pode responder. Uma pergunta

política, que envolve uma direção ideológica, tem de ser

respondida politicamente. Para mim os computadores são

um negócio extraordinário. O problema é saber a serviço

de quem eles entram na escola. Será que vai se continuar

dizendo aos educandos que Pedro Álvares Cabral desco-

briu o Brasil? Que a revolução de 64 salvou o país? Salvou

de que, contra que, contra quem? Estas coisas é que acho

que são fundamentais.

11

METODOLOGIA

Do ponto de vista metodológico, este artigo tem um

caráter teórico, onde buscamos na bibliografia disponibili-

zada não só informações dos autores centrais desse estudo,

mas também citações destes realizadas por outros intérpre-

tes de suas teorias.

RESULTADOS ALCANÇADOS

Em suma, Mounier e Freire contribuem para a forma-

ção de um sujeito livre, dotado de dignidade pessoal, não

suprimido tanto por uma posição totalmente isolada dos

demais, quanto outra em que a totalidade social impere. O

ser mais freiriano é uma proposta que vai de encontro ao

Personalismo mounieriano: ambos visam à libertação do su-

jeito. E a potencialidade destas propostas frente um mundo

cada vez mais tecnológico, em que a tecnologia é tanto mais

necessária quanto desconhecida (no quesito, “como funcio-

na”) é importante e imperativa. O sujeito que hoje assiste à

televisão está à frente de um dispositivo que não dialoga,

não permite expressão, portanto seu ser em-si para ser livre

11 FREIRE, Paulo.

A máquina está a serviço de quem?

Revista BITS, maio de

1984. p. 6.