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A NANOTECNOLOGIA: DO FASCÍNIO AO RISCO
IMPACTOS SOCIAIS E JURÍDICOS DAS NANOTECNOLOGIAS
Maldaner explica que “as interações entre a base de
apoio e os pelos são do tipo ‘ligação Van-der-Waals’,
bastante fracas na verdade, mas concretizada atra-
vés de milhões de pontos de aderência tornam-se su-
ficientemente fortes, o que permite que o animal fica
retido na superfície”. Esta nanotecnologia vista nas la-
gartixas tem sido estudada para aplicação em adesi-
vos (MALDANER).
O mexilhão também contém nanotecnologia
de aderência, conforme explica Maldaner:
Quando quer colar-se a uma rocha ou outro
apoio qualquer, abre as valvas, estica o pé
até tocar no apoio, arqueia-o em ventosa e,
através de pequenas cânulas, lança sobre o
apoio, na zona de baixa pressão, um fluxo de
pequenas esferas de agente colante, as mice-
las. Forma-se assim, de imediato, uma peque-
na almofada de espuma, com forte aderência
subaquática. É a este amortecedor que o me-
xilhão se prende, com filamentos elásticos de
seda marinha, de modo que nem o mar mais
agitado consegue arrancá-lo (NANO.GOV).
Sobre a segunda classificação, “incidental”,
na antiguidade, os Romanos no Século IV já produ-
ziam artefatos, como jarros de vidros (LYCURGUS) com
inclusão de partículas coloidais de ouro e prata no vi-
dro, apresentando uma coloração verde na incidên-
cia da luz externa, e na cor vermelha na iluminação
no ambiente interno do jarro (NANO.GOV).
Figura 2
: A Copa Lycurgus no Museu Britânico, iluminada do lado
de fora (esquerda) e do lado de dentro (direita).
Fonte
: Nano.gov National Nanotechnology Initiative