Redes digitais: um mundo para os amadores. Novas relações entre mediadores, mediações e midiatizações
Além disso, existem inúmeros blogs ou vídeos com tutoriais so-
bre maquiagem, culinária, música, esportes, artes, entre outros
temas, com comentários e explicações de amadores sobre as ati-
vidades de suas áreas de competências. Em diversos segmentos
e nas mais diversas atividades, os amadores podem encontrar
na internet uma possibilidade para reconfigurar sua forma de
atuação.
Temos amadores de origens diferentes. Podem ser
profissionais do grafismo, que desejam desenhar
por prazer. Sites de história em quadrinhos online
são um espaço muito interessante de aprendizado.
Podem-se encontrar outras pessoas interessadas e
competentes em desenho e, a partir da observação
destas pessoas, podes ter teu trabalho melhorado
(FLICHY, 2013).
A busca por um espaço para a exposição de talento ou,
ainda, para a realização pessoal pode muito bem estacionar no
sonho ou se tornar real na criação de um blog – página particu-
lar –, na produção de sites destinados a alojar trabalhos artís-
ticos, entre outros. As janelas abertas aos chamados amadores
têm amplos horizontes, desde que os mesmos tenham um com-
putador e saibam operar programas que, inclusive, satisfazem
profissionais. Este tipo de facilidade proporcionada pela imen-
sidão de programas e ferramentas disponibilizadas pelo mundo
digital tem sido motivo de discussão sobre o que ele pode repre-
sentar quando se trata de mercado de trabalho.
Temos um computador com programas que po-
dem ser usados por amadores e profissionais. Pela
flexibilidade de suas ferramentas o digital pode
colocar em xeque a prática da divisão do trabalho.
Indivíduos comuns adquirem competências e, por
fim, o amador vai colocar em xeque as convenções
clássicas (FLICHY, 2013).
É contando com a flexibilidade de tais ferramentas di-
gitais que, em várias áreas, pessoas comuns foram se aproprian-
do de competências e abrindo caminho a empreendimentos