Table of Contents Table of Contents
Previous Page  2367 / 2428 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 2367 / 2428 Next Page
Page Background

XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

2367

EIXO 15 – PAULO FREIRE E AS INFÂNCIAS

Acima, se apresentam imagens onde a escuta é visível,

com momentos cotidianos onde predominam, a partir do

prisma infantil, a democracia, a socialização e o exercício da

cidadania, que muitas vezes a escola insiste em sistematizar

demais, “escolarizar” demais. No momento em que as crian-

ças valorizam o

silêncio

no espaço da comunicação (FREIRE,

[1996] 2017, p. 115), ela reconhece o outro, pois em algum

momento do diálogo, ela estará na posição deste outro. Esse

é a dinâmica constante do ser dentro de um meio social que

exige comunicação.

RESULTADOS

A partir da análise realizada, pode-se destacar que

toda a vasta teoria freiriana, apesar de não estar especifi-

camente dirigida a (s) infância (s), pode adequar-se a essa

esfera. Especificamente, a obra

Pedagogia da Autonomia

([1996] 2017) possui a qualidade de esmiuçar a prática pe-

dagógica sob o panorama do educando como ser humano

digno de liberdade, autonomia, identidade própria e respei-

to. Esta exploração é cabível também quando se fala de Edu-

cação Infantil, já que é nesta que o processo de autonomia

dos sujeitos tem o seu ponto de partida.

Se trabalho com crianças devo estar atento à difí-

cil passagem ou caminhada da heteronomia para

a autonomia, atento à responsabilidade de minha

presença que tanto pode ser auxiliadora como

pode virar perturbadora da busca inquieta dos edu-

candos. (FREIRE, [1996] 2017, p. 69)

Um pouco sobre a prática pedagógica como premissa

para o processo de autonomia na (s) infância (s), destaca-se

a fala acima do autor, identificando as possibilidades deste

processo na criança como responsabilidade do educador.

Sendo assim, necessita-se de uma reflexão crítica sobre de

como o docente tem se constituído perante a pluralidade de

infâncias, de culturas, de modos de ser e viver dos sujeitos

hoje presentes no âmbito social e escolar.