Table of Contents Table of Contents
Previous Page  2349 / 2428 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 2349 / 2428 Next Page
Page Background

XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

2349

EIXO 15 – PAULO FREIRE E AS INFÂNCIAS

volver pesquisa. Tudo isso proporciona a (re)construção, a

interação, o diálogo, a curiosidade, a pergunta, entre outras

questões que movem o conhecimento, objeto essencial que

organiza a educação escolar. O que exige do professor uma

mudança de postura, no sentido de ousar mais, de “pro-

vocar-se ao risco, como única forma de avançar no conhe-

cimento, de aprender e ensinar verdadeiramente” (FREIRE;

FAUNDEZ, 1985, p. 27). De usar a Pedagogia da Pergunta

como pressuposto educativo na docência de todas as eta-

pas da educação.

Uma das premissas de Paulo Freire pontua que “Ensi-

nar exige consciência do inacabado”, neste sentido é preci-

so reconhecer que somos seres inacabados, em constante

formação. Esta consciência do inacabado deveria nos mover

e nos inquietar na busca da construção profissional da do-

cência, por isso o autor pontua que

[...] chegamos a ponto de que talvez devêssemos

ter partido. O do inacabamento de ser humano. Na

verdade, o inacabamento do ser ou sua inconclu-

são é próprio da experiência vital. Onde há vida, há

inacabamento. Mas só entre mulheres e homens o

inacabamento se tornou consciente (1996, p. 28).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Construir e priorizar a busca sem fim, a ideia do ina-

cabado, da atualização permanente, da reinvenção da con-

dição cidadã, são premissas que deveriam nos acompanhar

na efetivação de uma Pedagogia da Pergunta na escola. No

contexto da escola infantil, pesquisar move o educador e

a criança para este caminho investigativo e sem fim, movi-

menta o cotidiano educativo e principalmente transforma o

ensino ao instaurar na escola uma Pedagogia da Pergunta,

uma pedagogia da renovação.

Viver esta organização curricular permite a formação

de um novo ser humano, mais ativo, curioso, desacomoda-

do e emancipado. É disso que nossas crianças precisam, de

um outro lugar educativo, de pessoas que acreditam nelas,