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XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

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EIXO 13 – PAULO FREIRE: EDUCAÇÃO, SAÚDE E CIDADANIA

8.142/1990, que há características muito peculiares na rela-

ção que a universidade exercita em sua teoria e prática com

a coletividade e a rede do sistema público de saúde ou de

educação.

Os campos de estágio e de práticas disciplinares se-

guem uma pré-organização enraizada de definições, con-

cepções e entendimentos, muitos dos quais querem indivi-

dualizar e separar o que sejam atividades de ensino, das pes-

quisas e da extensão universitária. Há casos onde algumas

‘doutas personalidades’ do saber técnico, distantes do saber

popular e comunitário, regulem que, em locais de campos

de estágio regular ou prática disciplinar do ensino, não se

pratiquem atividades de extensão universitária ou pesquisa.

Como dito anteriormente, estão enraizadas nos currícu-

los acadêmicos, atividades centradas no modelo biomédico

com um “determinismo” pré-profissional. Experiências como

a sala de espera consideram a singularidade de cada traba-

lhador e usuário/cliente complementam os saberes e ações

enquanto processo de cuidado, promovendo a construção de

uma rede de vínculo para além de sinais clínicos patológicos.

Falando em ensino formal, não são raras, infelizmente,

as determinações para que estudantes de etapas profissio-

nalizantes sigam prescrições antecipadas de atendimentos

a serem experienciados durante os seus estágios, sob pena

de constarem como itens considerados nas suas avaliações

periódicas ou finais. A propósito, Lemos (2015, p.198) define

‘disciplina’ como “um mecanismo de adestramento, um tipo

de organização no tempo e no espaço”.

Há outras situações onde, como se “pela janela de

um gabinete com ar condicionado”, algum docente tivesse

o poder onipotente de prescrever tarefas para que profis-

sionais assumissem a supervisão, a orientação e o acompa-

nhamento dos seus alunos nos campos de prática, muitos

dos quais, sem terem estado presentes nas salas de aulas,

comumente, expositivas.

A sala de espera, aqui mencionada, não é para esti-

mular que haja uma ‘espera’ antes da fase assistencial pro-