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1812

EIXO 11 – PAULO FREIRE EM DIÁLOGO COM OUTROS(AS) AUTORES(AS)

XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

Então, Arendt (2002) destaca que a igualdade e a li-

berdade são o espaço da política. Mas, às vezes, a concep-

ção segundo a qual a liberdade dos homens precisa ser sa-

crificada para o desenvolvimento histórico, cujo processo só

pode ser impedido pelo homem quando este age e se move

em liberdade. Esse é o espaço político comum a todos nós,

e só é possível no trato com os outros.

Sendo assim, a política nos dias de hoje é percebida

como conveniência ou inconveniência dos meios públicos,

já que é a força do homem sobre o estado e demais meios.

A autora destaca que a força é um fenômeno do indivíduo

ou da minoria, ligada ao poder, que é possível entre muitos.

Nesse contexto, surge um aumento monstruoso do poten-

cial da força – por sua vez, provocado pelo poder de um

espaço organizado, mas que depois, como todo potencial

de força, aumenta e se desenvolve às custas do poder.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Portanto, os conceitos pedagógicos pelos quais o

educador deve enveredar-se para uma transformação no

contexto social de dominação se dá por meio do processo

de educar. Opressores e oprimidos são vítimas da mesma

inconsciência. A conscientização se concretiza por um pro-

cesso gradual em que se busca a liberdade, sem produzir

novos opressores e oprimidos.

Dessa forma, podemos entender que o sistema edu-

cacional de hoje também continua a disseminar a opressão,

não por causa do professor, mas pelas condições de traba-

lho que lhe é imposto. O educador, hoje, é tão vítima como

o oprimido, pois é meramente mais um deles. Resultado de

discordância - silenciosa com tanta coisa imposta - e conse-

quente rejeição política.

Acreditamos numa educação que problematiza, ques-

tiona as ideias e os fatos tidos como “naturais”, ao contrá-

rio da “educação bancária”, que serve ao conformismo e é

um dos principais instrumentos da opressão e do capitalis-

mo. Nessa relação de oprimido e opressor - com a socieda-