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XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

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EIXO 8 – PAULO FREIRE E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES(AS)

É necessário recusar o consumismo de cursos, se-

minários e acções que caracteriza o actual “merca-

do da formação” sempre alimentado por um sen-

timento de “desactualização” dos professores. A

única saída possível é o investimento na construção

de redes de trabalho colectivo que sejam o suporte

de práticas de formação baseadas na partilha e no

diálogo profissional (NÓVOA, 2009, p. 22).

Ao defender a perspectiva da auto(trans)formação

permanente com professores, partimos do princípio de que

esse processo não pode se dar alheio ao processo de cons-

cientização. Somente quando nos assumimos como seres

inacabados e em permanentes processos aprendentes é

que podemos

caminhar

para isso. Um movimento que vai

se estabelecendo a medida que conseguimos nos afastar da

realidade, e também das nossas práticas, e passamos a

ad-

-mirá-la

, a olhar de novo, de outra forma, construindo uma

visão crítica a respeito, daquela forma de ser professor e

cidadão que, até o momento, nos é familiar.

Implica, portanto, assumir um novo processo de

aprendizagem de como ser um professor diferente do que

vimos sendo. Esse aprendizado implica a conscientização,

implica entender que “o aprender a aprender do processo

de aprendizagem, encarado como mudança inclui um desa-

prender para ‘aprender a’, que é objeto de menor atenção

por parte dos professores, formadores, educadores” (JOS-

SO, 2010b, p. 233). É a partir desse movimento que vamos

tomando consciência da nossa ação

no

e

com

o mundo, o

mundo da vida, o mundo da docência.

AUTO(TRANS)FORMAÇÃO DE PROFESSORES:

PROCESSOS PERMANENTES E INACABADOS...

Entender a formação como algo permanente e coo-

perativo pressupõe que o docente se assuma e se reconhe-

ça como ser inacabado, com possibilidades de

ser mais

, de

mudar e provocar mudanças no seu próprio processo cons-

titutivo e nas suas práxis profissionais e cidadãs, no papel

que assume como professor, sem, contudo, abrir mão dos