

26
NANOCIÊNCIA E NANOTECNOLOGIA: UM ROMPIMENTO DE PARADIGMAS
IMPACTOS SOCIAIS E JURÍDICOS DAS NANOTECNOLOGIAS
liar amostras cada vez menores e mais rapidamente
do que jamais foi possível, devido à dispositivos de
diagnóstico
in vitro
miniaturizados. Estes dispositivos
apresentam-se integrando muitas funções e expres-
sando as características mencionadas anteriormente
como desejáveis. No entanto, estes dispositivos não
estão somente em salas de operação ultrassofistica-
das, mas sim já na rua em um “bafômetro” ou em um
equipamento portátil para medida de glicemia e são
capazes de medir concentrações de íons, molécu-
las pequenas e até testar sequencias específicas do
DNA (FILIPPONI, 2013). Outro exemplo destes disposi-
tivos são os que se utilizam de pontos quânticos, ma-
teriais nanométricos semicondutores que apresen-
tam comportamentos quânticos, principalmente no
que diz respeito à emissão de luz, são utilizados para
este tipo de acompanhamento. Nanopartículas bio-
compatíveis de ação específica, como rompimento
controlado de acordo com o pH do meio em que se
encontram, já são amplamente utilizadas para levar
fármacos seletiva ou até mesmo especificamente ao
local de tratamento no corpo humano (ROSSI-BERG-
MANN, 2008).
Os sensores nanométricos não estão somente
na área da saúde e uma série de dispositivos tem sido
apresentada ao público mais ou menos específico. É
possível colocar o assunto da seguinte forma: a na-
notecnologia revolucionou a área dos sensores eletro-
mecânicos e opto-eletromecânicos da mesma forma
que o silício o fez, quando trouxe estes dispositivos para
a dimensão microscópica. Muitos dos sensores nano-
métricos eletromecânicos funcionam baseando-se na
frequência de vibração de nanotubos de carbono, à
semelhança de
cantilevers
(haste presa somente em
uma das extremidades, com liberdade de movimento
vibracional, à semelhança grosseira de um trampolim
de piscina) de silício, promovendo uma detecção de
alteração de massa, por exemplo, com níveis altíssi-
mos de sensibilidade e em tempo real (BOGUE, 2009).