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NANOCIÊNCIA E NANOTECNOLOGIA: UM ROMPIMENTO DE PARADIGMAS

IMPACTOS SOCIAIS E JURÍDICOS DAS NANOTECNOLOGIAS

a mesma descrição, mas a dimensão das partículas

componentes do sistema, sejam sólidas ou líquidas,

deve ser nanométrica.

Exclusivamente com a intensão de situar o

leitor, considerando somente as dispersões coloidais

poliméricas, aquelas em que a fase sólida dispersa na

fase líquida é um polímero, e visando somente méto-

dos mais comuns de preparação, podem ser citados

os métodos de nanoprecipitação e de emulsificação-

-evaporação do solvente, por exemplo.

A nanoprecipitação consiste na preparação

de uma fase aquosa em que é adicionado um ten-

soativo e de uma fase orgânica preparada com um

solvente solúvel em água, tensoativo, o polímero e

um componente ativo que será incorporado na ma-

triz polimérica ou encapsulado por ela. Ao se mistu-

rar as duas fases, a difusão do solvente promove o ci-

salhamento necessário à formação de partículas de

dimensões nanométricas que, por mecanismos mais

complexos e ainda com parâmetros desconhecidos,

formam as nanopartículas poliméricas insolúveis em

água. O solvente compatível com a fase aquosa é,

então, evaporado naturalmente (por agitação ao ar)

ou com auxílio de um equipamento evaporador, re-

sultando na fase aquosa contendo as partículas na-

nométricas. À semelhança da nanoprecipitação, a

emulsificação-evaporação do solvente também pre-

vê a preparação de fase aquosa e de fase orgânica,

mas a fase orgânica deve ser produzida com solvente

insolúvel em água. A mistura destas duas fases e a apli-

cação de um processo auxiliar como dispersão com

ultraturrax

(dispersor específico de alta energia) ou

com ultrassom leva à formação da emulsão. A emul-

são deve ser submetida, neste momento, à evapora-

ção do solvente utilizando os mesmos equipamentos

da nanoprecipitação e, neste processo, são geradas

as nanopartículas (SOUTO, 2012).

A natureza possui uma enorme quantidade

de material intocado proveniente da flora e da fau-