

IMPACTOS SOCIAIS E JURÍDICOS DAS NANOTECNOLOGIAS
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FERNANDO DAL PONT MORISSO E VANUSCA DALOSTO JAHNO
estas vias estes materiais são obtidos em diversas for-
mas diferentes, como coloides (dispersões, emulsões,
etc.), pós, tubos, fios e fibras, filmes, etc. Muitas destas
apresentações já são velhas conhecidas do homem,
mas a possibilidade de manipular a matéria de forma
a obtê-la em escala nanométrica proporciona a ob-
servação de propriedades, funcionalidades e aplica-
ções bastante diferentes das clássicas.
A Comissão Europeia (2011) definiu o termo
nanomaterial, que se entende por um material natu-
ral, incidental ou fabricado, que contém partículas
em um estado desagregado ou na forma de um agre-
gado ou de um aglomerado, e em cuja distribuição
seja de 50% ou mais das partículas, tenha uma ou mais
dimensões externas nos tamanhos compreendidos en-
tre 1 nanômetro e 100 nanômetros.
1. ALGUNS MÉTODOS E MATERIAIS NA ESCALA
NANOMÉTRICA
Como temas isolados, cada uma destas tan-
tas formas com que a matéria em escala nanométrica
pode se manifestar podem dar a impressão de que
se tratam de objetos específicos de trabalho de uma
ou de outra área também específica da ciência, mas
como manifestações nanométricas, todas elas estão
sob o guarda-chuva da nanociência e da nanotec-
nologia. Assim, esta grande e nova área da ciência é
entendida como multidisciplinar e incorpora técnicas
físicas, químicas, biológicas e algumas híbridas para
chegar aos seus objetivos. Estas vias de preparação
são apresentadas de forma esquemática na Figura 1.
No entanto, é importante ter em mente que a apli-
cação de cada uma destas vias de preparação de-
pende do material que se quer preparar, da quanti-
dade, do tamanho, da aplicação, etc. A Figura 1 não
apresenta a totalidade das vias de preparação, mas
oferece uma visualização do que é mais comumente
utilizado (KULKARNI, 2015).