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XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

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EIXO 7 – PAULO FREIRE E A EDUCAÇÃO POPULAR (AMBIENTES DIVERSOS)

A ESCOLA

Ao refletir sobre o papel da escola, sua função social a

prática pedagógica tradicional coloca os alunos na condição

de espectadores, passivos, enquanto o saber é “despejado”

pelo professor, este o possuidor de todo o conhecimento

válido, num modelo de educação que Paulo Freire denomi-

nou de “educação bancária”. Para Freire a escola deve ser-

vir para criar sujeitos capazes de refletir sobre sua condição

concreta e assim podem transformá-la.

O homem chega a ser sujeito por uma reflexão

sobre sua situação, sobre seu ambiente concreto.

Quanto mais refletir sobre a realidade sobre sua

situação concreta, mais emerge, plenamente cons-

ciente, comprometido, pronto a intervir na realida-

de para mudá-la. (FREIRE, 2001, p.39)

No modelo tradicional “bancário” de educação o alu-

no, é tratado como um indivíduo que nada sabe, e, portan-

to, deve ser desconsiderado em suas opiniões, estando ali

única e exclusivamente para ouvir. Nem todos os professo-

res durante o estágio agiam assim, mas; arrisco-me a dizer

que poucos deles, faziam de seu trabalho em sala de aula,

uma experiência de troca e de diálogo com os alunos, em

condição de se colocar como igual e sem precisar recorrer

à postura autoritária, para conseguir a atenção. É desejável

que professores e alunos tenham vínculos amistosos, de res-

peito e amizade por empatia e não pelo exercício da auto-

ridade. Não era por acaso, que professores que dialogavam

com seus alunos acabavam construindo laços de amizade,

enquanto os professores tradicionais lutavam para ter a

atenção, e tinham que recorrentemente repreender verbal-

mente, a fim de prender a audiência, em suas aulas pouco

interessantes.

Por isso, a reflexão sobre a escola e a pergunta torna-

-se eminente: afinal, o que é a escola? E para que ela serve?

Qual a sua função? É o lugar de aprendizagem parece a res-

posta óbvia. A partir da ideia de pseudoconcreticidade na