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XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

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EIXO 7 – PAULO FREIRE E A EDUCAÇÃO POPULAR (AMBIENTES DIVERSOS)

educador em cursos pré-universitários populares, obtive um

bom retorno dos educandos quanto a elaboração e desen-

volvimento das aulas. Por exemplo, ser bem extrovertido e

levar vários objetos para executar experimentos na aula, teve

um retorno significativo. Nas palavras dos educandos, estas

aulas desenvolvidas eram significativas na medida em que

eles gostavam e se divertiam nas aulas, citando as palavras

deles: “ah, é legal!”. Em outra experiência, como educador em

biologia, os educandos me abordavam pelos corredores per-

guntando quando voltaria a estar na sala de aula com eles,

pois gostavam da desmistificação do conhecimento científi-

co apresentado na aula, reconhecendo esses conhecimentos

enquanto saberes que estavam presentes no cotidiano deles.

Esses resultados não são consequentes diretos de

metodologias e estudos acadêmicos, afinal, para ser edu-

cador, não é necessário saber neurociências, fisiologia, en-

docrinologia, psicologia comportamental e outras ciências

(FOLLOW, 20016). Igualmente, não é preciso conhecimen-

tos teóricos de didáticas para ser um bom educador, pois a

Educação Popular compreende e reconhece questões mais

profundas do que a simples organização de conteúdos a se-

rem trabalhados.

Apesar de acreditar na potencialidade da neurociência

no campo da educação e ser um conhecimento importante

e complementar nas práticas educativas, o que foi defen-

dido ao longo deste resumo, não são pré-requisitos para

ser um educador popular, mas defende-se que este estudo

pode ser uma contribuição para os educadores populares.

Os conhecimentos quando atribuídos de sentidos significa-

dos para os educandos, conectados com a vida, carregam

outras dimensões que contribuem para emergência de no-

vos modos de ser e estar e sentir o mundo.

REFERÊNCIAS

BISHOP, D. Developmental Cognitive Genetics.

Quarterly

Journal Of Experimental Psychology

, [s.l.], v. 59, n.

7, p.1153-1168, 2006